Foto: SindmetalSJC/Divulgação

Nesta terça-feira (3), os metalúrgicos da Embraer sofreram com a repressão da Polícia Militar do Estado de São Paulo durante um movimento assembleia da categoria que discutia possível greve em defesa da recomposição salarial. Em repúdio à ação truculenta, as centrais sindicais classificaram o ato como uma ação antissindical e destacaram que os trabalhadores foram detidos injustamente na Polícia Federal.

“A PM deslocou dez viaturas para a portaria da Embraer e, no momento em que os trabalhadores em assembleia aprovavam uma paralisação parcial para exigir aumento real de salário e manutenção dos direitos, o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, José Dantas Sobrinho, e o militante do movimento por moradia Luta Popular, Ederlando Carlos da Silva, foram agredidos e presos arbitrariamente”, destaca a nota.

Também em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves, apontou que “essa prisão foi um ato grave, antidemocrático, e representa um ataque ao movimento sindical e ao direito de greve. A Polícia Militar (PM) agiu a serviço da Embraer e contra os trabalhadores. Os fatos ocorridos hoje confirmam a truculência e autoritarismo da empresa”.

Na nota, as centrais denunciam que os trabalhadores foram levados para a delegacia da Polícia Federal, na região central de São José dos Campos e, ainda no estacionamento da PF, foram mantidos nas viaturas por mais de uma hora, numa ação de claro constrangimento contra os militantes.

“As centrais sindicais exigem a libertação imediata de José Dantas Sobrinho e Ederlando Carlos da Silva e se solidarizam com os trabalhadores da Embraer. Lutar é um direito”, concluiu nota das centrais.

O documento é assinado pelos presidentes das centrais: Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, Presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores); Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros); Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas; Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora; José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor e Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.

Fonte: Página 8