Imagens do êxodo forçado em Gaza repetem as de 1948 que os palestinos chamam de A Catástrofe | Vídeo

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina divulgou uma nota condenando a “devastadora guerra de ocupação” e os crimes de “genocídio e limpeza étnica” que estão sendo realizados por Israel contra a população palestina.

A Autoridade Nacional Palestina, diz que está claro que Israel está cometendo o crime “de limpeza étnica utilizando armas internacionalmente proibidas para se livrar de mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza”.

“Isto é confirmado pelos assassinatos em massa cometidos 24 horas por dia pelos aviões israelenses, pelas cenas de destruição maciça e da catástrofe humanitária em todos os seus aspectos na Faixa de Gaza”, continua a nota.

O documento foi divulgado antes do bombardeio de Israel contra um hospital no centro da cidade de Gaza, que deixou 500 mortos.

Abaixo, a íntegra da nota:

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados do Estado da Palestina condena a devastadora guerra de ocupação contra o nosso povo na Faixa de Gaza e os crimes de genocídio e limpeza étnica que Israel comete pelo 11º dia consecutivo, o último dos quais foi o de Rafah e os massacres de Khan Yunis nesta manhã, que deixaram 80 mártires [agora ultrapassa os 500 em um dia], incluindo crianças e mulheres, e mais destruição. O Ministério também condena o forte alvejamento de centros de saúde, hospitais, equipes de imprensa, escolas, universidades e outros.

O Ministério confirma que se tornou claro que o Estado ocupante está realizando o crime de limpeza étnica utilizando armas internacionalmente proibidas para se livrar de mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza, como parte integrante de planos pré-preparados para eliminar e livrar-se da crise estratégica de Israel representada pela presença de milhões de palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, e em Jerusalém Oriental. Isto é confirmado pelos assassinatos em massa cometidos 24 horas por dia pelos aviões israelenses, pelas cenas de destruição maciça e da catástrofe humanitária em todos os seus aspectos na Faixa de Gaza.

Isto é também representado pela asfixia da Cisjordânia ocupada e pela intensificação dos fatores de expulsão e deslocamento de cidadãos palestinos através de operações de assassinato, intensificação de assentamentos, confisco de terras, fechamentos e prisões contínuas, o que nada tem a ver com o argumento (de autodefesa), para incluir a destruição abrangente da presença palestina na Faixa de Gaza, levando à liquidação da causa palestina e provocando uma mudança estratégica no curso do tratamento internacional dos direitos dos palestinos, que é também o que é promovido pelas campanhas de desinformação da mídia israelense ao incitarem a transferência de culpa a todos os cidadãos palestinos, onde quer que estejam.

Fonte: Papiro