Salão do Conselho Administrativo da Igreja de São Porfírio destruído por bomba israelense | Foto: Mohammed Al Masry/Reuters

Corpos de palestinos foram retirados nestas quinta e sexta (19 e 20) dos escombros da parte atingida pelas bombas de Israel sobre a Igreja Ortodoxa Grega de São Porfírio, de mais de 1.500 anos, localizada na Faixa de Gaza.

Até o momento, o criminoso ataque deixou oito mortos e dezenas de feridos. Em meio às famílias sobreviventes que buscaram refúgio na igreja, um jovem ouvido pela agência palestina de notícias Wafa relatou seu desespero por ter pedido sua casa e não ter outro lugar que não a igreja para se refugiar, mesmo assim sem segurança, como mostra o bombardeio de quinta-feira.

Entre os setores atingidos, o do conselho administrativo do templo, que albergava cerca de 80 pessoas de famílias palestinas cristãs e muçulmanas.

O Patriarcado da Igreja Ortodoxa Grega de Jerusalém condenou veementemente o atentado, apontando que os ataques às igrejas e às instituições afiliadas, bem como aos abrigos que oferecem proteção a cidadãos inocentes são um “crime de guerra que não pode ser ignorado”.

Condena os ataques, por “atingirem igrejas, suas instituições, junto com o abrigo que elas fornecem para proteger cidadãos inocentes, especialmente crianças e mulheres que perderam seus lares devido ao bombardeio israelense em áreas residenciais”.

“O Patriarcado se mantém, apesar dos ataques, comprometido com seu dever religioso e moral de fornecer assistência, apoio e refúgio aos que necessitam, em meio à continuada pressão israelense para que deixem estas instituições religiosas e civis que lhes dão assistência, o que é inaceitável”, prossegue a declaração.

“Não abandonaremos nosso dever humanitário enraizado em nossos valores cristãos para prover tudo o que for possível aos necessitados, tanto em tempos de paz, como em tempos de guerra”, enfatiza a declaração.

A Igreja atingida está localizada bem próxima ao hospital Al-Ahli, que na última terça-feira (17) também foi alvo de um bombardeio aéreo, deixando até o momento mais de 500 mortos e centenas de feridos.

Fonte: Papiro