Apoio dos EUA a crimes de Israel faz libaneses apedrejar embaixada em Beirute
Manifestação com carreata percorreu o centro de Beirute e seguiu em direção à embaixada dos Estados Unidos, na noite de terça-feira (17), depois de noticiada a morte de centenas na explosão do hospital Al Ahli. Diante da embaixada houve confrontos com a polícia, quando os mais indignados resolveram apedrejar e atirar com fogos de artifício contra o prédio, além de tentar invadir a embaixada.
No dia seguinte, foram realizadas passeatas e uma greve. Há registros de que comércios, universidades, escolas e outras instituições públicas ficaram fechadas durante todo o dia como parte do protesto.
A embaixada orientou os cidadãos estadunidenses a deixarem o território libanês imediatamente.
A população libanesa está se solidarizando com os palestinos por conta do genocídio que foi acelerado por Israel na última semana e, em especial, pelo bombardeio do Hospital al-Ahli, na cidade de Gaza.
As autoridades palestinas afirmam que centenas de pessoas morreram no ataque. Os números variam entre 400 e 500 mortos.
Os Estados Unidos embarcaram na narrativa israelense de que a explosão no hospital ocorreu através de um míssil lançado pela Jihad Islâmica de Gaza.
Israel cortou o fornecimento de água, alimentos e energia à Gaza, assim como tem impedido, com bombardeios na passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, a saída de civis e a entrada de ajuda humanitária.
IÊMEN
Na capital do Iêmen, Sanaa, uma multidão participou de um protesto em solidariedade ao povo palestino. Os manifestantes empunhavam bandeiras da Palestina.
O presidente do Conselho Político Supremo do Iêmen, Mahdi al-Mashat, deu declarações caracterizando como “crime de guerra” os ataques realizados por Israel contra civis, como o que matou centenas no Hospital al-Ahli.
Para ele, os países da região não podem aceitar a normalização das relações com Israel, pois ela legitima a ocupação do território palestino. “Não há normalização com um ocupante”, disse.
Houve também manifestações na Turquia, Egito, Síria, Jordânia, Omã, Argélia, Iraque e Marrocos. Em vários desses países, como na Turquia e Jordânia, os manifestantes se concentraram em frente às embaixadas ou consulados israelenses.
Na Espanha e Canadá, nas cidades de Toronto e Montreal, e Suécia também foram registrados protestos.
Nos Estados Unidos, um grupo de judeus invadiu o Capitólio exigindo um cessar-fogo. Os EUA vetaram, de forma unilateral, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo e a criação de corredores humanitários.
CISJORDÂNIA SE REBELA
Na noite de terça (17), logo após a confirmação da morte de centenas no Hospital al-Ahli, palestinos foram às ruas de diversas cidades da Cisjordânia e de cidades ocupadas por Israel se manifestar contra a política genocida que é colocada em prática. Os cidadãos de Ramallah, Tulkarm, Qalqilya, Hebrom e Nablus realizaram manifestações.
Fonte: Papiro