Presidente Díaz-Canel condenou ataque com coquetéis molotov contra a embaixada cubana | Foto: Grigori Sysoyev/Tass

Após o ataque com dois coquetéis molotov contra a embaixada de Cuba nos Estados Unidos, autoridades, partidos e entidades do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, El Salvador, Espanha, França, Itália, México, Panamá e Venezuela, entre outros países, denunciaram o ataque e expressaram sua solidariedade a Cuba e ao povo cubano.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, repudiou o “ataque terrorista” contra a embaixada de seu país em Washington, ocorrido na noite de domingo (24), “ato de violência e impotência que poderia ter custado vidas valiosas”. Ao mesmo tempo, Díaz-Canel cobrou uma ação enérgica das autoridades estadunidenses.

O governo de Joe Biden condenou “duramente” o ocorrido e se comprometeu a realizar “uma investigação apropriada”. A vice-diretora-geral do Ministério das Relações Exteriores de Cuba Divisão para os Estados Unidos Johana Tablada, alertou para o impacto negativo desse tipo de ação nas relações entre os dois países.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, explicou que o ataque terrorista foi promovido por “um indivíduo que jogou dois coquetéis molotov” e que “não houve danos ao pessoal”. “É o segundo ataque violento à sede diplomática em Washington desde abril de 2020. Na ocasião, um indivíduo disparou um fuzil contra a sede”, recordou.

Segundo o diplomata cubano, “aqueles que realizam, incentivam e preparam atos terroristas, irritados ao ver que a maioria quer a paz, desencadeiam provocações guiadas pelo ódio e pela obsessão de arrastar nossos países, Cuba e os Estados Unidos, para cenários ainda mais perigosos de confronto”.

Conforme relatório divulgado em maio de 2020 pelo Centro de Pesquisa Histórica de Segurança do Estado (Cihse), desde o início da Revolução, em 1959, foram realizadas 581 ações violentas contra embaixadas e consulados da ilha em várias partes do mundo. A entidade culpa grupos extremistas cubanos sediados em Miami (sudeste dos EUA).

Segundo o documento, parte significativa dessas agressões ocorreu até 2018, sendo registradas em 41 países, e incluem ações contra representações e objetivos de nações que mantêm relações diplomáticas com Cuba. Como resultado desses ataques, 217 cubanos e 36 estrangeiros perderam a vida.

Fonte: Papiro