Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), por meio da 3ª Vara Criminal de Brasília, aceitou a denúncia feita pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e tornou Bolsonaro réu por incitação ao crime de estupro.

A ação, que corria no STF (Supremo Tribunal Federal), foi enviada à primeira instância pelo ministro Dias Toffoli, após Bolsonaro perder o foro privilegiado.

O processo faz referência a caso, quando Bolsonaro ainda era deputado federal, em 2014. Na data, o ex-presidente disse que não estupraria a também deputada Maria do Rosário (PT-RS), porque, para ele, ela “é muito feia” e “não merece”, disse Bolsonaro.

“Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou (sic) de estuprador, no Salão Verde [da Câmara dos Deputados], e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece”, disse.

A deputada, diante da provocação e desrespeito descabidos, na ocasião se retirou do plenário.

“Fica aqui para ouvir”, disse Bolsonaro, provocativo, no plenário da Câmara dos Deputados, após a deputada discursar contra a ditadura militar, instaurada no Brasil, em 1º de abril de 1964.

Recentemente, em outro processo sobre o mesmo caso, a Justiça do DF reconheceu a prescrição da pretensão punitiva. Neste, a deputada processava Bolsonaro por injúria.

Ao saber da decisão da Justiça, Bolsonaro escreveu nas redes sociais que o fato é “de 2014”. “A perseguição não para”, disse ele.

A deputada Maria do Rosário disse que “aliás, ele já foi condenado pelo povo, ao ser retirado do poder, quando cantamos ‘já é hora de ir embora’. Já foi”.

Fonte: Página 8