Foto de Trump na prisão de Atlanta, tirada durante o seu fichamento | Foto: escritório do xerife do Condado de Fulton, no qual fica a cidade de Atlanta

O ex-presidente Donald Trump deixou a prisão na cidade de Atlanta após ser fichado, incluindo a foto com o símbolo da prisão ao fundo, e tendo pago a fiança de US$ 200 mil (equivalente a mais de R$ 1 milhão).

Trump responde a 13 acusações, somente pela promotora da Geórgia, Fai Willis. No total as acusações criminais – que vão desde fraude tributária a tentativa de fraude eleitoral nas eleições de 2020 – já ultrapassam as 90.

Também se entregaram dia 22 John Eastman, ex-advogado de Trump, e Scott Hall, analista de pesquisas eleitorais republicano, sob acusações de participação nas tentativas de fraude.

Compareceram à cadeia, na quarta-feira (23), também para fichamento, dois dos seus principais advogados, Rudy Giuliani e Sidney Powell. Para poderem responder em liberdade, Rudy aceitou pagar US$ 150 mil em fiança e Sidney US$ 100 mil. No mesmo dia, Kenneth Chesebro, que arquitetou a trama de Trump de que havia “eleitores falsos”, se rendeu.

Em meio a uma mudança repentina da sua equipe jurídica, os indiciamentos ocorrem logo após o debate presidencial de quarta-feira em Milwaukee envolvendo seus principais rivais à indicação republicana de 2024. Até o momento, apesar dos enormes – e crescentes – problemas com a Justiça, se mantém candidato à indicação do Partido Republicano.

Já na lista de acusações federais na Flórida e em Washington, o líder republicano foi indiciado este mês em Atlanta junto a outras 18 pessoas, incluindo seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows, e o ex-prefeito de Nova Iorque, Rudy Giuliani, acusado de extorsão para a finalidade da fraude eleitoral.

A acusação comprovou que “Trump e os outros réus citados se recusaram a aceitar que ele perdeu e, consciente e voluntariamente, se juntaram a uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor” do ex-presidente. “Essa conspiração continha plano e propósito comuns de cometer dois ou mais atos de extorsão no condado de Fulton, na Geórgia, em outras partes do Estado da Geórgia e em outros Estados”, acrescentou a promotora.

Conforme o que foi desvendado, Trump convocou o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a “encontrar” quase 12 mil votos para colocá-lo na frente de Joe Biden, demonstrando qual a disposição do então presidente para reverter sua derrota no Estado. A Promotoria descobriu que a armação foi feita por meio de um telefonema em janeiro de 2012.

O fato do Estado da Geórgia estar, à época, sob controle republicano (Legislativo e Executivo) fez o Estado ser um dos maiores alvos de Trump.

Nos EUA, condenações como a que levou Trump ao fichamento em uma prisão, não o tornam inelegível.

Em meio à ampla lista de acusações, o ex-presidente é réu em processos como o da Justiça estadual de Nova Iorque, acusado de disfarçar na contabilidade de seu grupo empresarial o pagamento de US$ 130 mil para a ex-atriz pornográfica Stormy Daniels. Ela teria recebido o montante para silenciar, durante sua campanha presidencial de 2016, sobre um caso extraconjugal de Trump com ela.

Fonte: Papiro