Requisição de Trump para adiar o julgamento para 2026 foi rejeitada | Vídeo

A Justiça norte-americana anunciou nesta segunda-feira (28) que está marcado para 4 de março de 2024 a data do primeiro julgamento do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pela tentativa de fraudar a eleição de 2020.

“O público tem direito a uma resolução rápida e eficiente desta questão”, determinou a juíza distrital Tanya Chutkan. Trump e comparsas são acusados de conspirar para alterar o resultado da eleição, roubando a vitória de Joe Biden no Colégio Eleitoral. Há mais três processos contra ele na Justiça e ele conseguiu o feito de ser o primeiro ex-presidente dos EUA a se tornar réu.

A data estabelecida frustra a defesa de Trump, que queria o caso julgado apenas em abril de 2026, alegando precisar de tempo para analisar as 12,8 milhões de páginas de provas contra seu cliente.

O procurador especial Jack Smith queria o julgamento em 2 de janeiro de 2024, enquanto a defesa do ex-presidente propôs 17 meses após as eleições do próximo ano. “Definir uma data para o julgamento não depende das obrigações profissionais do acusado, então o senhor Trump terá de organizar as coisas para essa data”, afirmou a juíza do Tribunal de Distrito dos EUA, Tanya Chutkan, depois de dizer à defesa que um adiamento de dois anos é demais.

Na semana passada, Trump foi à prisão do condado de Fulton, perto de Atlanta, onde foi fichado, fotografado e pagou fiança. Aproveitou a foto de cara feia para pedir dinheiro aos seus eleitores. Outros cúmplices, como o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, também passaram pelo “cerimonial” da cadeia. Trump se diz “inocente” e “vítima” de “perseguição política”.

Por coincidência ou não, a data do julgamento será na véspera da chamada “Superterça”, um dia crucial nas primárias norte-americanas, quando está em disputa o maior número de delegados para designação do candidato do partido à presidência. Entre os republicanos, Trump segue disparado na dianteira.

Mesmo se condenado, Trump poderá concorrer, já que não existe inegibilidade nos EUA. Caso eleito, poderia tomar posse e até governar da prisão domiciliar. As eleições nos EUA acontecerão em novembro de 2024.

Fonte: Papiro