O Brasil registrou em julho um saldo líquido de 142.702 postos de trabalho com carteira assinada, acumulando mais de 1,1 milhão de empregos formais gerados em 2023. O saldo exato desde janeiro – mês no início do governo Lula – é de 1.166.125 vagas, conforme o novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira (30) pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Os setores que mais puxaram a expansão em julho foram Serviços (56.303 novos postos), Comércio (26.744), Construção Civil (25.423) e Indústria (21.254). Os maiores saldos ocorreram em São Paulo (43.331), Rio de Janeiro (12.710) e Minas Gerais (12.353). Das 27 unidades federativas, 26 tiveram saldo positivo no mês – a única exceção foi o Rio Grande do Sul.

No recorte por gênero, houve mais vagas para homens (98.755) do que para mulheres (43.947). Os trabalhadores pardos ficaram a maioria dos empregos formais (75.918), seguidos por brancos (15.919), pretos (13.035), amarelos (720) e indígenas (311).

Para Luiz Marinho, iniciativas do governo Lula, especialmente o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), devem estimular a geração de empregos. “O crédito (escasso) e os juros altos ainda atrapalham o encadeamento da economia brasileira. Mas, em compensação, o anúncio por parte do governo da retomada de obras paradas, assim como novos anúncios do PAC, do Minha Casa Minha Vida, apontam cenários de investimento com aspecto positivo para a economia brasileira”, afirmou o ministro.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, agosto e setembro podem registrar números ainda melhores que os de julho, devido a fatores sazonais. Historicamente, o saldo de empregos com carteira assinada nesses dois meses tende a crescer com a proximidade das festas de fim de ano.

A previsão é a de que 2023 termine com um total de 2 milhões de postos formais a mais em relação a 2022. Até julho deste ano, o Brasil somava 43,61 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Um ano antes, ainda sob o governo de Bolsonaro, eram 42,04 milhões.