Aprovação a Lula cresce e já é a maior do terceiro mandato, aponta pesquisa
Três a cada cinco brasileiros aprovam o modo como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governa o Brasil. A aprovação ao presidente cresce desde abril, já sendo a maior desde o início do terceiro mandato de Lula no Planalto. É o que aponta a nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16).
Na avaliação “do trabalho que o presidente Lula está fazendo”, 60% aprovam e 35% reprovam. A diferença entre os dois polos, hoje de 25 pontos percentuais, era de apenas nove pontos em abril (51% a 42%) e de 16 pontos em junho (56% a 40%). Tudo indica que, passados os solavancos do início do governo – como os atos golpistas de 8 de janeiro –, a população começa a ter uma visão cada vez mais positiva da administração federal.
Prova disso é que, pela primeira vez no ano, a aprovação ao governo supera a rejeição em praticamente todos os segmentos – a única exceção é entre brasileiros que votaram em Jair Bolsonaro nas eleições 2022.
Ainda assim, mesmo entre aqueles que tentaram reeleger Bolsonaro nas urnas, a aprovação ao governo registrou nova alta – de 22% para 25%. A aprovação a Lula cresceu especialmente nas regiões Sul (de 48% para 59%) e Sudeste (de 51% para 55%), entre os homens (de 54% para 59%), entre brasileiros de 35 a 59 anos (de 54% a 59%) e entre evangélicos (de 44% para 50%).
Quando a pesquisa questiona a avaliação geral do governo, o viés também é de alta. Aprovam a gestão como um todo 42% dos brasileiros (eram 37% na pesquisa anterior). Os que reprovam eram 27% em junho e são 24% agora.
A economia é o fator que levantou a popularidade do governo, e vários recortes da pesquisa indicam essa tendência. Há iniciativas do governo com aprovação superior à do próprio presidente, como o Plano Safra (79% de apoio) e o programa Desenrola (70%). As duas “notícias positivas” sobre o governo mais lembradas pelos brasileiros também são da pauta econômica: a ampliação do Bolsa Família e a redução dos preços.
O instituto Quaest ouviu presencialmente 2.029 eleitores entre 10 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.