Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Lula afirmou, nesta quarta-feira (5), que o governo vai pagar o piso nacional da enfermagem, com retroativo desde maio. O presidente fez o anúncio durante discurso na 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília.

“Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira, de R$ 4 mil e pouco, é caro. Mas é preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, dá comida, aplica injeção, mede pressão é exatamente o pessoal de baixo que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem que ser valorizado. E, por isso, a ministra Nísia tomou a decisão: vai pagar o piso e mais o atrasado desde maio e mais o décimo terceiro”, afirmou Lula.

“As pessoas se esquecem que, quando a gente vai para o hospital, o médico dá a consulta, dá o remédio, faz a cirurgia, mas quem cuida da gente o resto do dia é exatamente o pessoal da enfermagem. E esse trabalho não pode ser considerado menor”, declarou Lula no evento em Brasília.

Na semana passada, o STF decidiu que o piso nacional da enfermagem deve ser pago aos trabalhadores do setor público pelos estados e municípios, com previsão de repasses federais. No setor privado, o piso será imposto nos casos em que não houver convenção coletiva. A Lei 14.434, de 2022, aprovada pelo Congresso define o piso de R$ 4.750 para os enfermeiros e determina que os técnicos da categoria recebam 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares e parteiras, 50% (R$ 2.375).

Após o evento, a ministra Nísia confirmou que o governo federal fará repasses já considerando o retroativo de maio, os pagamentos entre junho e dezembro, e o pagamento do 13º salário.

Lula ressaltou o papel essencial dos profissionais de saúde durante a pandemia, evitando que o Brasil chegasse a um milhão de mortos pela covid-19. O presidente também condenou o negacionismo e a sabotagem aos esforços de combate à pandemia, e afirmou que Bolsonaro deverá ser responsabilizado por parte das mortes ocorridas durante a crise sanitária.

Fonte: Página 8