Desemprego cai no 2º trimestre e é o menor no período desde 2014
O desemprego recuou no trimestre de abril a junho, chegando a 8%, menor patamar para esse período desde 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) Contínua . A redução na comparação com o trimestre anterior, quando a taxa era de 8,8%, foi de 0,8 ponto percentual.
Já quando avaliado em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando o índice era de 9,3%, a queda é de 1,3 ponto percentual. A população desocupada, que soma 8,6 milhões de pessoas, caiu nas duas comparações: – 8,3% (menos 785 mil) frente ao trimestre anterior e -14,2% (menos 1,4 milhão) no ano.
Por outro lado, a população ocupada chega a 98,9 milhões, crescimento de 1,1% ante o trimestre anterior, o que corresponde a 1,1 milhão a mais de ocupados. No caso do mesmo trimestre de 2022, o aumento foi de 0,7%. Quando se analisa o nível da ocupação (pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), o percentual foi de 56,6%, com alta de 0,5 p.p. no trimestre e estabilidade no ano.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “a queda da taxa de desemprego para o menor patamar, no trimestre, desde 2014, sinaliza que estamos no caminho certo”.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também comemorou a melhora no quadro: “Hoje, o IBGE divulgou a menor taxa de desemprego (8,0%) para um segundo trimestre desde 2014. É o desemprego caindo, trazendo mais dignidade para as famílias brasileiras. Essa melhora supera as estimativas de mercado (8,2%), com forte aumento do número de trabalhadores”.
Veja alguns dos outros dados trazidos pela pesquisa:
– A população desalentada, que totaliza 3,7 milhões, também caiu 5,1% ante o trimestre anterior (menos 199 mil) e reduziu 13,9% na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) caiu 0,2 p.p. no trimestre e diminuiu 0,5 p.p. no ano.
– A população subutilizada, que é de 20,4 milhões, caiu 5,7% no trimestre anterior e recuou 17,7% no ano.
– A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas soma 5,1 milhões, mostrando estabilidade frente ao trimestre anterior e queda em relação ao mesmo trimestre de 2022.
– A população fora da força de trabalho, de 67,1 milhões, também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 3,6% (mais 2,3 milhões) ante o mesmo trimestre de 2022.
– O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 2,8% (mais 991 mil) na comparação anual.
– O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,1 milhões) cresceu 2,4% em relação ao trimestre anterior (mais 303 mil). Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve estabilidade.
– O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre anterior e teve redução de 491 mil pessoas no ano.