Foto: Tiago Coelho/PT na Câmara

Na última terça-feira (4) foi lançada, no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval Brasileira. O evento contou com representantes dos poderes Executivo e Legislativo, ao lado de empresários, sindicalistas e lideranças ligadas ao setor naval.

A Frente tem como objetivo aglutinar iniciativas públicas e privadas que contribuam com o desenvolvimento econômico e social do país a partir da expansão das cadeias produtivas geradas pelo setor naval.

“Tenho convicção de que demos hoje um passo importante para o desenvolvimento do nosso país, reunindo representatividades plurais, pluripartidárias e de todos os estados brasileiros”, ressaltou o deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT/RS), propositor da criação da Frente.

Lindenmeyer afirmou que a indústria naval é estratégica para a soberania nacional. “Temos o desafio de desenvolver o conteúdo local, trazer emprego, renda, tecnologia, construção de equipamentos e valorização de recursos humanos, fazendo girar a roda da nossa economia”, complementou.

Presente ao ato, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforçou a importância do lançamento da Frente Parlamentar e reiterou o apoio do governo federal. “O desenvolvimento da indústria naval sempre foi uma decisão política. Tivemos um grande momento em 2013 e 2014, e agora vamos retomar as políticas públicas que recoloquem o país no rumo certo”, disse Marinho.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos (Conttmaf), Carlos Augusto Müller, avaliou que a criação da Frente é uma iniciativa “muito importante para a reativação da indústria naval, para que o Brasil volte a construir navios. Isso traz uma distribuição de riqueza muito significativa para o país”. “Eu gostaria de sugerir a essa Frente que coloque na agenda a necessidade de se analisar uma forma para que esses recursos que são destinados à Autoridade Marítima sejam excepcionalizados para que, efetivamente, sirvam para capacitar marítimos e portuários, porque a Marinha Mercante e a Construção Naval não se sustentam só com a construção”, destacou Müller.

Para a presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro), Miriam Cabreira, representando também a Federação Única dos Petroleiros (FUP), “a Petrobras vem resistindo ao desmonte e agora voltará a ser indutora de desenvolvimento para o país”.

Fonte: Página 8