Ao fugir dos tiros na festa do 4 de Julho em Filadélfia, jovem deixou seu tênis | Foto: Alejandro Alvarez/Philadelphia Inquirer

Dezoito pessoas foram mortas e 102 ficaram feridas em 17 ataques a tiros contra concentrações de pessoas nos Estados Unidos durante o fim de semana prolongado do Dia da Independência, informou o portal Gun Violence Archive, na quarta-feira (5), ao relatar o trágico acontecimento.

Com descontrole da violência armada no país, festivais, festas de rua e outros encontros foram cenários das chacinas que ocorreram em 13 estados dos EUA e no Distrito de Columbia.

Trinta pessoas baleadas, duas fatalmente, em uma festa em Baltimore; pelo menos três mortos e 10 feridos em uma celebração anual do Dia da Independência na Louisiana; um menino de 7 anos morto a tiros em Tampa após uma briga entre dois grupos que se reuniram ao longo de um viaduto para comemorar o Dia da Independência, entre os informes sobre a violência incontida.

Em ataque na Filadélfia, na noite da segunda-feira (03), cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas, entre elas um menino de 2 anos e outro de 13, ambos baleados nas pernas, quando um homem armado com um AR-15 abriu fogo contra desconhecidos.

Na capital, Washington, os agentes que responderam a um chamado por um tiroteio em um bairro a cerca de 20 minutos da Casa Branca encontraram um garoto de 9 anos e um rapaz de 17 entre as vítimas, disse a chefe assistente do Departamento de Polícia Metropolitana, Leslie Parsons. A criança estava em uma van com o avô quando um tiro foi disparado contra o veículo, atingindo o idoso na mão e o menino na cabeça.

Com a anuência e incentivo da indústria de armas, a Suprema Corte dos EUA determinou em julho do ano passado que os americanos têm o ‘direito fundamental’ de portar armas de fogo em público de forma não ostensiva em uma decisão que impede os Estados de restringir o porte de armas.

A decisão, que ocorreu no momento em que o país enfrenta uma onda de massacres com armas de fogo, derrubou uma lei de Nova York que exigia permissão para portar uma arma de fogo em público, ainda que guardada.

Já o Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos EUA apresentou numa audiência do Capitólio, um relatório sobre a produção e comercialização das armas de fogo que ganharam notoriedade devido à sua utilização nos assassinatos em massa registrados recentemente naquele país.

A investigação concentrou-se em cinco dos maiores fabricantes de armas, concluindo que os mesmos arrecadaram um total de mais de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais) em receitas nos últimos dez anos só com a venda de armas de fogo do estilo AR-15.

Fonte: Papiro