Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) aprovou, nesta quarta-feira (7), paralisações parciais nos dias 13 e 15 de junho. A decisão é uma resposta ao que a categoria classificou como uma “desfaçatez” com que o governo tem tratado a categoria, em especial o Ministério de Inovação e Gestão (MGI), comandado por Esther Dweck.

De acordo com nota do Sinal, na terça-feira (6), as entidades representativas do corpo técnico do Banco Central voltaram a se reunir no MGI, “novamente sem a presença da Ministra Esther Dweck”. “Os integrantes do Governo, seis meses depois da apresentação da pauta reivindicatória não-salarial pelos servidores, alegaram não ter conhecimento das demandas da categoria”, diz o documento.

Sem avanços nos pleitos apresentados pela categoria relacionados à reestruturação da carreira do BC e após a regulamentação do bônus de eficiência dos auditores fiscais da Receita Federal, o sindicato afirma que a temperatura voltou a subir na autarquia.

“O sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da Autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo”, argumento o Sinal.

“Tendo em vista a desfaçatez, Assembleia Geral Nacional (AGN) com participação massiva dos servidores da carreira aprovou paralisações parciais ao longo da próxima semana (13 e 15/6/2023) com efeito imediato sobre a remarcação da reunião plenária do Fórum Pix, que estava prevista para ocorrer na tarde do dia 15/06. A reunião plenária anterior (prevista para março) também foi cancelada”.

A categoria afirma que o próximo passo será a aprovação da operação padrão, que utiliza critérios mais rígidos e que diminuem a produtividade e velocidade dos serviços, com impactos ainda mais fortes sobre os serviços do BC. A nota é assinada pelo presidente da entidade, Fábio Faiad.

Fonte: Página 8