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O parecer de 66 páginas da Polícia Federal revelou que Luís Marcos dos Reis, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), participou da invasão e depredação no Congresso Nacional no dia 8 de janeiro.

Na ocasião dos ataques golpistas em Brasília, ele subiu na cúpula do prédio, segundo apontam as informações do relatório divulgadas nesta sexta-feira (16).

Reis integrava a equipe de Mauro Cid, responsável pela Ajudância de Ordens de Bolsonaro. Ambos foram presos durante operação da PF em maio deste ano. A investigação envolve a fraude dos cartões de vacina do ex-presidente da República, da filha Laura, da família de Cid e dos assessores de Bolsonaro.

As autoridades encontraram no celular do segundo-sargento vídeos feitos por ele durante os atos de 8 de janeiro, além de diversos relatos aos interlocutores.

Dos Reis chegou a ser citado na investigação em que empresa com contratos fechados com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) efetuou transferências para a conta dele, de onde foram retirados recursos para pagar despesas pessoais da então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Ainda segundo o relatório, além dos atos de invasão ao Congresso, o sargento teria participado do acampamento no QG (Quartel-General) Exército em Brasília.

No celular dele, a PF encontrou mensagens incentivando os atos golpistas.

Após enviar a um familiar registro na cúpula do Congresso, o ex-assessor encaminhou áudios e mensagens relatando o episódio. “Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar!”, escreveu na mensagem nas redes digitais.

Durante a noite, ainda que tenha dito que trabalharia cedo no dia seguinte, reforçou que “o recado foi dado”, sobre as invasões.

O documento ainda revelou que Cid participava de grupo que defendia explicitamente o golpe de Estado e a realização de manifestações antidemocráticas. Entre os membros participantes, estavam militares da ativa.

Fonte: Página 8