Foto: Ricardo Stuckert/PR

Mesmo enfrentando um cenário de terra arrasada deixado por Bolsonaro e  entraves criados pela oposição, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conseguiu, em menos de seis meses, garantir avanços importantes que impactam positivamente na economia. Os dados que vêm sendo divulgados refletem essa trajetória positiva.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou queda de 0,17% na segunda quadrissemana de junho. Seis das sete capitais pesquisadas tiveram redução. Brasília teve o maior recuo percentual, com variação de – 0,73, seguida de Porto Alegre, -0,37 e Salvador, -0,24. Nos últimos 12 meses, foi verificada alta de 2,15%. 

Outros dados que mostram a melhora do cenário brasileiro vieram do mais recente Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (19), que traz avaliações do mercado financeiro. Nele, a projeção da inflação para este ano teve redução pela quinta vez consecutiva: agora, a taxa caiu de 5,42% para 5,12%. 

Além disso, o levantamento revisou para cima, pela terceira vez seguida, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023, saindo de 1,84% para 2,14%. Nesse contexto, o mercado financeiro passou a considerar que o Banco Central irá reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,50% em agosto. Para o fim do ano, a expectativa para o juros saiu de 12,50% para 12,25%. 

Até o momento, no entanto, não houve sinalização neste sentido por parte do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa Selic, se reúne nesta terça e quarta-feira, 20 e 21. 

No programa “Conversa com o Presidente” desta segunda-feira (19), Lula voltou a criticar os juros altos, sobretudo considerando os dados positivos acumulados nos últimos meses. “O povo brasileiro tem que voltar a ter esperança. Começamos a abrasileirar o preço da gasolina, a carne baixou, a inflação baixou, o arroz, o óleo. O dólar tá caindo. E os juros precisam cair, porque não tem explicação”.

Lula destacou ainda que “o presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, que já sei porque ele não baixa, [mas] ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu, por que ele mantém essa taxa de juros de 13,75% em um país que está com uma inflação anual de 5%”. 

No caso do dólar, a projeção para o fim do ano passou de R$ 5,10 para R$ 5. Quanto à balança comercial, o saldo projetado saiu de US$ 59,2 bilhões para US$ 61,2 bilhões de superávit.

Com agências

(PL)