Multidão ocupou o centro de Roma | Foto: Reprodução/Twitter

Mais de 20 mil pessoas se manifestaram em Roma no sábado (17), segundo os organizadores, contra o envio de armas ao regime Zelensky e responsabilizaram a Otan pelo conflito, ao mesmo tempo em que repudiaram a precarização do trabalho sob a primeira-ministra fascista Giorgia Meloni. Em janeiro, o parlamento italiano aprovou o decreto de Meloni para manter o envio de armas para Kiev.

O protesto “Chega de vidas precárias” foi convocado pelo Movimento 5 Estrelas, do ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, e contou com a presença de líderes da oposição: Elly Schlein, do Partido Democrata; Nicola Fratoianni, da esquerda italiana; e o escritor, ator e cantor Moni Ovadia.

Comte vem pedindo o fim do envio de armas ao regime ucraniano para desescalar o conflito e tem denunciado a falta de disposição entre os líderes europeus de se engajar na busca da paz sem pré-condições.

“Este conflito foi habilmente preparado por muitos anos. Seu início foi predeterminado pela decisão de expandir a Otan que foi feita apesar das promessas feitas a Mikhail Gorbachev”, afirmou Ovadia.

Ele advertiu que “dia e noite, hora após hora, eles querem que acreditemos que este conflito foi iniciado por alguém que acordou e decidiu dominar a Ucrânia. Tudo isso é uma mentira vil”.

Ovadia lembrou que “muitos expoentes da política americana na época avisaram que a expansão da OTAN seria uma catástrofe”. Eis a catástrofe – sublinhou -, “querem arrastar-nos a todos para uma guerra, para quê? Para os EUA reafirmarem sua supremacia mundial”.

“Esta catástrofe está destruindo a Europa, serva dos Estados Unidos, que não levantou a voz contra o que está acontecendo. Eles querem destruir a Federação Russa e fragmentá-la em muitas pequenas repúblicas e depois se concentrar na China”, acrescentou Ovandia.

“O Governo dos Estados Unidos quer estabelecer o seu domínio mundial, embora o mundo já tenha mudado e seja multipolar. Esta catástrofe destrói a Europa, que não é aliada dos Estados Unidos, mas sua lacaia”, destacou.

“Chegou a hora de levantar a voz para obrigar as armas ao silêncio e iniciar negociações sem condições prévias”, enfatizou o escritor. Ele chamou a “voltar às praças”, sem se deixar intimidar por bufões que tentam caracterizar como ‘putinistas’ os opositores à OTAN só porque rejeitam suas mentiras.

Fonte: Papiro