Lula tem estabilidade e 37% de ótimo e bom, diz Datafolha
Nova pesquisa Datafolha mostrou estabilidade na avaliação da população sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao levantamento anterior. Com quase seis meses de mandato, Lula tem 37% de ótimo ou bom; 33% de regular e 27% de ruim ou péssimo.
Na aferição feita no final do mês de março, 38% aprovavam o presidente, 30% o julgavam regular e 29% o reprovavam. Na comparação entre os dois levantamentos, essa variação fica dentro da margem de erro. A pesquisa mais recente, divulgada neste sábado (16) foi feita entre os dias 12 e 14 de junho, com 2.010 eleitores de 112 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais.
O levantamento foi feito em meio a uma série de notícias positivas sobre o país, como a aprovação da nova regra fiscal na Câmara, as melhorias nos índices da economia e no desemprego, mas ao mesmo tempo também houve aspectos que podem ter pesado negativamente, como as dificuldades que têm sido colocadas por segmentos da Câmara e seu presidente, Arthur Lira (PP-AL), o que acaba travando as ações do governo e, por consequência, pode influenciar na imagem do presidente junto à opinião pública.
No recorte socioeconômico, educacional e regional, Lula mantém seus melhores índices nas populações menos favorecidas, foco central de sua política que busca a superação da pobreza e a redução das desigualdades. Entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, Lula tem 43% de ótimo/bom; no grupo dos menos escolarizados, tem 47% deste nível de aprovação, mesmo percentual entre a população do Nordeste.
O presidente teve forte melhora entre aqueles que ganham de cinco a dez salários mínimos, com queda de 15 pontos percentuais na reprovação em relação ao levantamento de março, passando de 47% naquele momento para 32% agora.
Por outro lado, o desempenho de Lula cai na classe média baixa (de dois a cinco salários mínimos) e entre moradores do Centro-Oeste, que concentra boa parte dos redutos bolsonaristas. Nesses dois grupos, o presidente tem 34% de reprovação. Em outro segmento fortemente marcado pelo bolsonarismo, o dos evangélicos, Lula tem 37% de reprovação. Mas, o maior índice de avaliação negativa está entre os mais ricos (mais de dez salários mínimos), que representam apenas 4% da amostra: aqui, Lula tem 49% de reprovação.
Com agências
(PL)