Miguel Díaz-Canel e Lula. Foto: Ricardo Stukert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Paris, nesta quinta-feira (22), com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, marcando a retomada das relações entre os dois países após quatro anos de afastamento sob o governo de Jair Bolsonaro. Lula também esteve com com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa e com a ex-presidenta Dilma Rousseff, que está à frente do Novo Banco de Desenvolvimento, dos Brics. 

Pelas redes sociais, Lula destacou: “Reencontro com o presidente cubano Díaz-Canel, retomando o diálogo com o país e questões bilaterais que foram abandonadas nos últimos anos”. Os presidentes brasileiro e cubano conversaram sobre temas ligados à América Latina e aproveitaram o encontro para debater assuntos relativos à conjuntura mundial. 

Díaz-Canel compartilhou sua experiência como presidente de turno do G77 (grupo que congrega países em desenvolvimento) frente à responsabilidade brasileira de presidir, em breve, o G20, o Mercosul e o Brics.

Cyril Ramaphosa e Lula. Foto: Ricardo Stukert

A primeira reunião bilateral que Lula teve em Paris foi com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. No encontro, os dois líderes falaram sobre a cúpula do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, que ocorre entre os dias 22 e 24 de agosto em Johanesburgo, na África do Sul.

Lula e Ramaphosa também discutiram opções para trabalhar pela paz no conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente sul-africano comentou sua participação na comitiva de altos representantes de países africanos (junto com Comores, Congo, Egito, Senegal, Uganda e Zâmbia) que esteve em Kiev para uma audiência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e em Moscou para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e debater caminhos para uma solução pacífica.

No encontro com Putin, o presidente sul-africano defendeu o fim da guerra, especialmente pelas consequências do conflito nos países de seu continente. Segundo ele, as dificuldades para importar grãos da Ucrânia e fertilizantes da Rússia estão comprometendo a segurança alimentar em diversos locais da África e do mundo.

Dilma e Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Lula também almoçou com a ex-presidenta Dilma Rousseff que preside, até 2025, Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como banco dos Brics. Também constavam na agenda do presidente audiências com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e com o presidente da COP-28 nos Emirados Árabes, Sultan al Jaber. 

O último compromisso do dia é um jantar oferecido pelo presidente da França, Emmanuel Macron. O presidente Lula está em Paris para participar da Cúpula para o Novo Pacto Global de Financiamento, promovida pelo francês. Amanhã (23), Lula também terá um encontro bilateral com Macron. 

Com Palácio do Planalto e Agência Brasil

(PL)