Lula cobra ministros: “Temos que cumprir o prometido”
A terceira reunião ministerial do governo Lula, realizada nesta quinta-feira (15), no Palácio do Planalto, foi marcada por um pito do presidente na equipe. Na visão de Lula, a diretiva é viabilizar promessas de campanha, em vez de gastar energia com a elaboração de novas propostas.
Ainda assim, houve elogios aos ministros, uma vez que a maioria dos programas sociais relevantes foi retomada. Conforme o governo, só falta relançar os programas Luz Para Todos e Água Para Todos. “Estou satisfeito com os primeiros meses e temos muito trabalho pela frente”, resumiu Lula.
“Esta reunião tem como pressuposto o segundo passo do nosso governo. Até agora, nós estivemos tratando da organização dos ministérios, da briga de orçamento, de recuperar parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas”, agregou o presidente. “Essa parte está cumprida. O importante é sair daqui com a certeza de que o governo já tem no papel e na cabeça tudo o que vamos fazer até 31 de dezembro de 2026.”
De acordo com Lula, a frente ampla que o elegeu presidente, em 2022, já tinha um programa de governo consolidado, que foi respaldado pelos eleitores brasileiros nas urnas. “Daqui para frente, a gente vai ser ‘proibido’ de ter novas ideias”, brincou. “A gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora. Temos que cumprir o prometido.”
Lula sinalizou que a grande vitrine de seu governo no próximo semestre será o novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Embora o presidente tivesse preferência por outro nome, o programa, baseado num conjunto de grandes projetos de infraestrutura, vai manter a referência a um dos principais legados de gestões anteriores de Lula na Presidência.
“Está difícil de encontrar outro nome. Acho que vai ser PAC 3”, comentou. “É um nome que já foi consolidado junto a uma parte da sociedade, a quem trabalha na área de investimento público, na construção civil”
Dos 37 ministros de Lula, apenas dois estiveram ausentes da reunião: Marina Silva (Meio Ambiente), que está de licença médica; e Luiz Marinho (Trabalho), que está na Suíça. Marina foi representada pelo secretário-executivo do ministério, João Capobianco, enquanto Marinho foi representado pelo chefe interino do Trabalho e Emprego, Francisco Macena. Cada ministro teve dez minutos para fazer um balanço das ações e dos planos de sua respectiva pasta.