Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Com o governo Lula encerrando os primeiros seis meses do novo governo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (30), que o desemprego recuou 0,3 ponto percentual entre os meses de março e maio, ficando com uma taxa de desocupação de 8,3% – a menor taxa desse trimestre desde 2015, quando marcou o mesmo percentual.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e aponta a queda do desemprego em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a fevereiro deste ano.

Quando comparado ao mesmo período de 2022 (mar-mai), a taxa caiu 1,5% ponto percentual.

Confira os principais dados da Pnad:

  • Desemprego entre março e maio (taxa de desocupação): 8,3%;
  • População ocupada: 98,4 milhões;
  • População desocupada: 8,9 milhões;
  • População fora da força de trabalho: 67,1 milhões;
  • População desalentada: 3,7 milhões;
  • Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões;
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado: 12,9 milhões;
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões;
  • Trabalhadores informais: 38,3 milhões.

Dados

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, o recuo para 8,3% foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que pelo aumento expressivo de trabalhadores.

“Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, afirmou.

O número de 98,4 milhões de pessoas ocupadas cresceu 0,9% no trimestre (mar-mai) em relação ao anterior. A população desocupada teve uma queda de 3,0%, chegando ao número de 8,9 milhões de pessoas.

Ao se considerar a população fora da força de trabalho no Brasil o número é de 67,1 milhões de pessoas, aumento de 0,6% entre os trimestres de referência, o que se refere a 382 mil pessoas a mais.

Já os trabalhadores com carteira de trabalho assinada são 36,8 milhões e os empregados sem carteira assinada no setor privado são 12,9 milhões de pessoas, números que apresentam estabilidade.

Enquanto isso os trabalhadores por conta própria perfilam 25,2 milhões e a informalidade chega a 38,3 milhões, com níveis estáveis, de acordo com o Instituto.

Na medição do desalento (pessoas que gostariam de estar empregadas, mas desistiram de procurar) o IBGE constatou 3,7 milhões de pessoas, redução de 6,2% (menos 244 mil pessoas).

Quanto à subutilização (desocupados ou pessoas subocupadas que trabalham menos horas do que poderiam ou não desempenham a força de trabalho potencial) a queda foi e 0,7% no trimestre, chegando ao total de 20,7 milhões de pessoas nesta condição.

Em maio o rendimento médio também ficou estável em R$ 2.901, com estabilidade entre os trimestres, mas com crescimento 6,6% no ano.

É possível consultar todos estes dados pelo Banco de Tabelas e Estatísticas Sidra, do IBGE.

*Com informações IBGE