Qual "rainha" Biden saúda? | Vídeo

Duas semanas após tomar um tropeção sozinho durante uma entrega de diplomas em uma academia aérea dos EUA, na sexta-feira (16) o octogenário presidente Joe Biden voltou a surpreender a plateia no Estado de Connecticut, desta vez com um bizarro fecho de discurso em que, do nada, brindou a todos com a saudação “Deus Salve a Rainha!”

Logo adiante, segundo a mídia, ele pareceu “confuso sobre para onde deveria ir a seguir”, apontando para frente e para trás e buscando orientação de alguém fora do palco.

“Deus salve a rainha” é uma expressão do patriotismo britânico. Talvez a próxima edição do briefing diário presidencial de Biden deva incluir uma atualização sobre o fato de que os americanos declararam independência da realeza britânica há quase 247 anos”, ironizou o portal Zero Hedge.

Que também sugeriu que lembrem a Biden que “com a morte da rainha Elizabeth há nove meses, a expressão mudou para ‘Deus salve o rei’”.

Ou será que, dessa feita, Biden, que já chamou sua vice Kamala Harris como “presidenta” algumas vezes, a tenha alçado a realeza?

A cena ocorreu em uma atividade contra a posse irrestrita de armas e a violência armada, na verdade, um evento pré-eleitoral organizado pelo senador democrata Chris Murphy. Antes, até que Biden havia ido bem, renovando seu apelo à proibição de “fuzis AR-15 e pentes de alta capacidade”.

Todd Gillman, o chefe do Washington Bureau para o Dallas Morning News, que cobriu o evento como repórter de pool, ficou tão perplexo que disse a seus colegas jornalistas: “Aqueles que assistem online ouviram o pronunciamento final do presidente Biden na cúpula das armas – que Deus salve a rainha – vários de vocês me perguntaram por que ele poderia ter dito isso – não tenho ideia. Outros apuradores também não têm ideia.”

A propósito, é extensa a relação de gafes, desorientações e quedas de Biden, conforme extensamente documentado pelas redes sociais e pela mídia. Em um evento na Casa Branca em abril para os filhos dos funcionários, Biden não conseguia se lembrar do último país estrangeiro que visitou – embora essa viagem tenha ocorrido apenas 13 dias antes. Somando-se à comédia de humor negro, foi uma criança que salvou Biden, gritando “Irlanda!”. Biden respondeu: “Como você sabia disso?!” Observe-se que Biden é descendente de irlandeses…

Também em abril, um fotógrafo pegou Biden com uma folha de cola não apenas dizendo a ele qual repórter deveria chamar em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, mas também dando a ele a pergunta completa do repórter com antecedência.

O tombo na academia aérea aconteceu apenas algumas semanas depois que Biden perdeu o equilíbrio ao visitar o Santuário de Itsukushima em Hiroshima, Japão e tropeçou. Ele também tropeçou ao embarcar no Air Force One em março, quando ia para Selma, Alabama. Em 2021, outra queda no embarque no avião presidencial e, no ano passado, um tombo de bicicleta perto de sua casa de praia em Delaware.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o presidente norte-americano desorientando na hora de deixar um púlpito, confundindo a causa da morte de seu filho, Beau Biden – disse que ele morreu na guerra do Iraque, quando na verdade morreu de câncer anos depois – e até questionando a ausência de uma deputada que havia morrido dois meses antes, Jackie Walorski.

O que explica que pesquisas sobre o “estado cognitivo do presidente” hajam, no ano passado, mostrado que 64% da população dos EUA se dizia “preocupada”.

Possivelmente assombrado por esses antecedentes, o Zero Hedge achou por bem lembrar que em 1967 a 25ª emenda criou um mecanismo “para a remoção de um presidente considerado incapaz de desempenhar suas funções presidenciais”.

Mas, reparando que seria substituído pela insossa vice Harris, o ZH sugeriu ao Partido Democrata uma via mais indolor: reconsiderar a decisão de não realizar debates de pré-candidatos a presidente para 2024. O portal lembrou que Robert F. Kennedy Jr está obtendo 16% de apoio nas pesquisas democratas apenas dois meses depois de anunciar sua candidatura. Além de 41% dos americanos dizerem aos pesquisadores da CNN que um segundo mandato de Biden seria “um desastre”.

Fonte: Papiro