Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As centrais sindicais e movimentos sociais organizam uma jornada de lutas entre os dias 16 de junho e 2 de julho contra a alta dos juros e a política monetária do Banco Central. O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) se reúne nos próximos dias 20 e 21 de junho para definir a taxa de juros que incidirá sobre a economia do país.

Na última reunião, o Copom decidiu manter a taxa em 13,75%, o que foi repudiado pelas centrais. “Uma taxa de juros a 13,75% frustra qualquer projeto de crescimento econômico”. “A política monetária, capitaneada pelo Banco Central, agora independente, conspira abertamente contra a recuperação da economia, perpetuando a estagnação”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Para a CUT, a postura do Copom de manter os juros nas alturas “é inexplicável e inaceitável”.
“Governo e empresários do setor produtivo, as centrais sindicais e parlamentares têm feito forte e justa pressão pela redução da taxa Selic, mas o Banco Central abusa de seu forte atrelamento ao sistema especulativo e financeiro e insiste em boicotar as iniciativas governamentais para criar condições para o consumo voltar a crescer e as empresas terem créditos mais baratos para produzirem mais, empregarem mais e fazerem a economia voltar a crescer”, afirma a central.

As entidades destacam “a importância de uma jornada massiva contra as altas taxas de juros e a política imposta pelo banco central na figura de Campo Neto” e preparam, entre as atividades da jornada, um dia nacional de mobilização com atos de rua, nas fábricas e panfletagens já no dia 16. Participaram da reunião preparatória da jornada as centrais CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, UGT, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e entidades dos movimentos sociais.

Fonte: Página 8