Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Como parte da 12ª fase da Operação Lesa Pátria, a Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (23), um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão contra suspeitos de participarem dos atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Os alvos são policiais militares do Distrito Federal que teriam se omitido durante os ataques e dado ordem de recuo à tropa. 

Durante a operação, foi preso o major Flávio Silvestre de Alencar, que já havia sido detido preventivamente na 5ª fase e solto em seguida. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Segundo informado pela PF, o objetivo dessa fase da investigação é identificar participantes, financiadores e pessoas que se omitiram ou fomentaram os ataques. 

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Na fase anterior da operação, ocorrida no dia 11, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão de suspeitos de financiarem os atos nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. 

No âmbito da Lesa Pátria, sem contar a operação de hoje e a anterior, foram cumpridos 65 mandados de prisão preventiva; quatro de temporária, 174 de busca e apreensão e foram instaurados 17 inquéritos policiais. 

Outra operação, realizada também pela PF nesta terça no Tocantins, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão contra investigados por fechar rodovias e financiar os bloqueios após o resultado das eleições presidenciais em 2022. A autorização para as ações foi dada pela 4ª Vara Federal de Palmas. 

Neste caso, os investigados podem responder pelos crimes de tentativa de abolição do Estado democrático de direito e por tentativa de depor o governo legitimamente constituído.

Com informações da Polícia Federal e Agências