Lula se encontra com presidente da Argentina no Alvorada
Acontece nesta terça-feira (2), uma reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Na pauta da reunião está a discussão sobre linha de crédito que fortaleça as exportações brasileiras.
Com um acordo os argentinos devem voltar a comprar produtos e insumos exportados por empresas brasileiras que são necessários para a indústria do país. As compras desses produtos estão afetadas pela falta de dívidas em dólares no país vizinho.
Para o Brasil é fundamental firmar um acordo que fomente as relações bilaterais, uma vez que a Argentina é o terceiro maior parceiro comercial, atrás apenas de China e Estados Unidos.
Portanto, não perder espaço de exportação é fundamental. Assim, o ministro Fernando Haddad ressaltou a importância da retomada das relações para as empresas brasileiras com garantias para os empresários.
Ao contrário das “fake news” divulgadas sobre o encontro que colocam que o Brasil “daria dinheiro” para a Argentina, a medida visa reestabelecer o patamar de exportações para manter a indústria brasileira aquecida.
Informação trazida pela CNN captada com auxiliares de Fernández coloca que as exportações do Brasil junto ao país vizinho estão 40% abaixo da demanda possível devido à falta de financiamento.
Consta no debate a possibilidade de ser firmada uma linha de crédito sem uso de dólares. A falta das reservas em dólares na Argentina já fez com que o país negociasse acordo para relação comercial com a China sem passar pela moeda dos EUA – acordo semelhante ao firmado pelo Brasil.
Participam do encontro pelo lado brasileiro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o chanceler Mauro Vieira, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante; e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim. Na comitiva argentina está ministro da Economia, Sergio Massa; o chanceler argentino, Santiago Cafiero; entre outros ministros.