A transição no Banco Central (BC) pode começar nesta semana. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as duas vagas abertas na cúpula da instituição – para diretor de Política Monetária e diretor de Fiscalização – devem ser preenchidas nesta semana.

Haddad sinalizou nesta terça-feira (2/5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem em mente os nomes a indicar para essas vagas. Embora a nefasta Lei Complementar 179/2021 tenha garantido independência ao Banco Central, o governo tem a prerrogativa de nomear sua diretoria.

As indicações de Lula, uma vez publicadas no Diário Oficial da União, serão submetidas à Comissão de Assuntos Econômicos e ao Plenário do Senado. Outros sete diretores do BC serão nomeados pelo presidente até 2026, último ano de seu governo. É o caso do próprio presidente do Banco Central, o bolsonarista Roberto Campos Neto, que tem mandato no cargo até 31 de dezembro de 2024.

O BC responde pela política monetária do País e é responsável, entre outras deliberações, pela fixação da taxa básica de juros (Selic). Conforme a Lei Complementar 179, o presidente e os diretores da autarquia passarão a ter mandatos de quatro anos.