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Indonésia e Coreia do Sul firmaram um acordo para usar moedas locais em transações mútuas de comércio, de conta corrente e investimento direto, com objetivo de reduzir a dependência do dólar, informou a agência Reuters, neste sábado (6).

Com isso, amplia-se a desdolarização e cresce o uso das moedas locais de ambos países. O acordo foi concluído através dos bancos centrais da Coreia do Sul e Indonésia, durante a reunião dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais da ASEAN+3 na cidade de Incheon, Coreia do Sul.

Essa cooperação ajudará as empresas a reduzir seus custos de transação, bem como a exposição a riscos cambiais, permitindo a cotização direta da taxa de câmbio entre o won coreano e a rupia da Indonésia no comércio interbancário, disseram os bancos centrais em comunicado conjunto.

Os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) discutiram maneiras de se livrar do dólar, euro, iene e libra esterlina nas transações financeiras e realizar suas trocas comerciais por meio do sistema de transações em moeda local (LCT), que já começou a ser implementado entre os membros da entidade regional.

A ASEAN é uma união política e econômica fundada em 1967 para promover a cooperação econômica, política, de defesa e cultural entre os países do Sudeste Asiático. Os dez membros que compõem são: Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

Além disso, as 10 nações decidiram retirar-se gradualmente da rede de pagamento digital Visa e Mastercard para não depender de empresas fora de seu controle.

O presidente indonésio, Joko Widodo, estimulou as administrações regionais a começarem a usar cartões de crédito emitidos por bancos locais e gradualmente parar de usar sistemas de pagamento estrangeiros, o que ele acredita ser necessário diante das perturbações geopolíticas, citando sanções contra o setor financeiro da Rússia durante o conflito na Ucrânia.

Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) nominal combinado do bloco em 2023 é de aproximadamente US$ 3,9 trilhões.

Fonte: Papiro