Uma das instalações fabris da TSMC | Foto: Divulgação

O deputado democrata Seth Moulton disse que os EUA devem “explodir a TSMC” – a maior empresa produtora de semicondutores da ilha chinesa rebelde – se não prevalecer a política separatista de Washington para Taiwan.

Taiwan rejeitou a ideia, crescentemente popular em Washington, de que os EUA deveriam “explodir a TSMC” – a empresa da ilha que produz a maioria dos semicondutores avançados do mundo – no caso de unificação da ilha com a China continental, informa o The South China Morning Post.

Um deputado democrata, Seth Moulton, disse recentemente que os EUA deveriam “deixar bem claro para os chineses que, se você invadir Taiwan, vamos explodir a TSMC”, referindo-se à Taiwan Semiconductor Manufacturing Company.

A ideia de jerico não é de autoria propriamente de Moulton e já circula há tempo nos círculos belicistas de Washington. Artigo publicado em 2021 pelo US Army War College propunha que os EUA e Taiwan deveriam planejar táticas de “terra arrasada” que poderiam tornar Taiwan “não apenas pouco atraente se algum dia fosse tomada pela força, mas positivamente cara de manter”.

Tática que poderia ser exemplarmente aplicada à Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, tida como a fabricante de chips mais importante do mundo e, no que tange à China, sua mais importante fornecedora.

Também Robert O’Brien, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, recentemente pediu bombardeios às fábricas de Taiwan se a China atacar. “Os Estados Unidos e seus aliados nunca vão deixar essas fábricas caírem nas mãos dos chineses”, disse O’Brien ao site de notícias Semafor em março.

A China tem advertido repetidamente de que a tese fundamental de suas relações com os EUA é o reconhecimento do princípio de “Uma China”. Taiwan – acrescentam – é uma questão interna aos chineses, a principal questão por resolver do rejuvenescimento da nação chinesa, e que será resolvida pela via pacífica, se não houver interferência externa ou separatismo.

Nos últimos meses, não têm cessado as provocações contra a China, usando Taiwan como pretexto, desde visitas ‘oficiais’ a Taipei até desfiles de navios de guerra no Estreito, esforços de desestabilização do ‘Indo-Pacífico’ e anúncio de abertura de escritório da OTAN em Tóquio.

Fonte: Papiro