Professores da cidade de Doncaster aderem à greve convocada pela União Nacional de Educação, NEU | Foto: Neil Terry/Morning Star

Dezenas de milhares de professores ingleses voltaram às ruas nesta semana, paralisaram as aulas e exigiram do governo o fim do arrocho salarial, mais verbas para a educação e melhores condições de trabalho.

Conforme a União Nacional de Educação (NEU) os professores de escolas e universidades se somaram à greve, também abraçada pelo conjunto do funcionalismo, e rechaçaram o “insulto feito pelo governo com o reajuste proposto, bem abaixo da inflação”.

O anúncio da secretária de Educação, Gillian Keegan, de repassar inaceitáveis 4,3% de reajuste, enquanto a inflação se encontra acima dos 10%, é apontado como um completo disparate. Particularmente, alertaram os professores, quando o país drena parte cada vez maior do seu orçamento para financiar – com armas e mercenários – a guerra por procuração dos EUA e da Otan na Ucrânia contra a Rússia.

Em Middlesbrough, a secretária regional da NEU, Beth Farhat, destacou que “os piquetes estão cada vez mais fortes”, com um número crescente de sindicatos se somando à greve nacional “pela primeira vez”. A entidade comunicou os pais e os estudantes que foram tomadas todas as providências para garantir que os exames não sejam afetados e ninguém saia prejudicado.

De acordo com Kevin Courtney e Mary Bousted, líderes do NEU, o fato é que “o governo está de mau humor e passou o mês de abril inteiro sem fazer nada em relação às nossas reivindicações”. Isso explica, relataram, porque 98% dos membros da NEU rejeitaram a provocação. “Outros sindicatos seguiram o exemplo, resultando que o conjunto dos profissionais está se levantando e falando a uma só voz”, concluíram.

Fonte: Papiro