Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que precisa de mais recursos para reduzir as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em sua declaração, nesta segunda-feira (24), o ministro explicou que, para cumprir a promessa de campanha de zerar a fila até o final deste ano, é necessário conceder até 900 mil benefícios a mais que o previsto.

Lupi reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir verbas por meio de suplementação orçamentária (remanejamento de recursos) para garantir a concessão de aposentadorias, auxílios e pensões. “Para o que está sendo previsto de crescimento vegetativo, de 1,1 milhão [de beneficiários] por ano, que todo ano cresce, os recursos estão previstos e orçados. Além desse crescimento vegetativo, de cerca de 1 milhão, teremos de 800 mil a 900 mil [beneficiários] a mais. Então, nós temos também que encontrar uma solução para o pagamento”, declarou Lupi.

O ministro da Previdência disse que ainda não é possível prever o impacto dos benefícios adicionais sobre o Orçamento, pois, além do valor dos benefícios variarem, é necessário verificar o peso de cada benefício na fila.

Lupi também enfatizou o impacto provocado pela carência de médicos peritos, motivo que agrava a demora nas filas. De acordo com o ministro, existem apenas 3,5 mil médicos peritos trabalhando atualmente. “Essa não é uma questão simples de resolver. Existem vários tipos de problemas diferentes. Você tem a perícia. A pessoa está de licença médica, e os peritos avaliam se aquela licença é condizente. São pessoas que pedem aposentadoria por invalidez e precisam fazer um exame médico para isso”, declarou.

O ministro reiterou, no entanto, que a meta é zerar a fila até o fim do ano, prometendo que todos os beneficiários terão os processos de pedidos de benefícios decididos em até 45 dias, prazo tradicional de análise do INSS.

Fonte: Página 8