Imagem do protótipo que explodiu no pouso. No dia 17 a Starship nem saiu do chão | Vídeo

Apesar da injeção de US$ 2,9 bilhões da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) por meio de um contrato especial com a SpaceX, do bilionário Elon Musk, o paquidérmico veículo espacial propagandeado como “o mais poderoso da história” não conseguiu sequer sair do chão nesta segunda-feira (17) e teve a sua decolagem adiada.

O fracasso do lançamento foi admitido durante uma transmissão ao vivo já no finalzinho da “contagem regressiva” pelo proprietário do foguete de cerca de 50 metros de altura e que pode transportar até 150 toneladas de cargas, além dos tripulantes. “Uma válvula de pressurização parece estar congelada, portanto, a menos que comece a operar em breve, não haverá lançamento hoje”, reconheceu Musk.

Nesta primeira tentativa, o foguete deveria partir sem nenhuma tripulação. O lançamento sairia da base da SpaceX em Boca Chica, no Sul do Texas, e deveria terminar no Oceano Pacífico, próximo à costa do Havaí.

Conforme a empresa de foguetes, este seria o primeiro voo orbital do Starship, com o SpaceX propagandeado como “a nave mais poderosa” já construída. “Um marco” na missão de enviar humanos à Lua e, “talvez no futuro, a Marte”, entre outras manifestações de entusiasmo com as declarações do homem dito o mais rico do mundo.

PROTÓTIPO ANTERIOR EXPLODIU NA ATERRIZAGEM

O atual fiasco de Musk relembra o de fevereiro de 2021, também encoberto por setores bajuladores da mídia pró-EUA, em que o protótipo do foguete explodiu na aterrisagem e mandou pelos ares uma verdadeira fortuna.

“Voltamos a ter um excelente voo, temos apenas que trabalhar um pouco na aterrizagem”, tergiversou um porta-voz da Space X, após o protótipo do foguete Starship SN9 se transformar numa imensa bola de fogo naquele dois de fevereiro, repetindo o que acontecera também no teste anterior com o SN8, em dezembro de 2020.

À medida que a nave alcançava a altitude de 10 km sem indícios de problemas, os motores foram sendo desligados progressivamente, o que foi seguido por uma série de manobras na posição horizontal. No entanto, ao tentar retornar à posição vertical para pousar, o caldo entornou. As imagens mostram o foguete retornando muito rapidamente, e em ângulo inclinado, até explodir no solo, em meio a um grande estrondo.

O que é fato, e que bajuladores midiáticos se esforçam para esconder, é o significado de Musk. Ele é um entusiasta do submundo do fascismo e, por isso, promovido e sustentado pelos tentáculos direitistas do governo estadunidense, tanto do ponto de vista político-ideológico, como militar.

Isso ficou escancarado recentemente no Brasil ao concordar com as ameaças às famílias nos ataques às crianças nas escolas e creches. E foi além quando tentou afrontar as autoridades, democraticamente eleitas, e se contrapor ao ministro da Justiça, Flávio Dino, que convocou as plataformas digitais a discutirem medidas de punição aos terroristas a fim de prevenir o país contra esses monstros e tão criminosas práticas.

Acostumado a ser amparado e patrocinado pelo governo norte-americano, Musk, também proprietário do Twitter, resolveu ter carta branca às suas investidas à liberdade de expressão, se contrapondo às nossas autoridades e, objetivamente, apoiar a ação dos terroristas. Buscava que, uma vez avalizadas, pudesse disseminar sem freios o circo de horrores por meio de todo o seu aparato tecnológico. O representante do bilionário no Brasil e uma outra representante baseada nos Estados Unidos disseram que um perfil com foto de assassinos de crianças não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime.

Fonte: Papiro