Após os "balões e TikTok" espiões, para o EUA agora qualquer lavanderia chinesa em NY é uma delegacia disfarçada | Foto: Divulgação

“Uma campanha de difamação” contra a China, denunciou o respeitado colunista do jornal Global Times, Hu Xijin, desancando a nova modalidade de embuste antichinês que, depois do “balão estratosférico espião”, “do TikTok ameaçador”, “do grampo da Huawei”, dos “campos de reeducação de uigures” e do “cerco a Taiwan”, agora se estendeu à suposta “delegacia policial secreta” chinesa em Nova York, usada para perseguir “dissidentes”.

Assim, na segunda-feira (17) os EUA alardearam a prisão de dois sino-americanos sob tal alegação, enquanto o Departamento de Estado dizia que Washington estava engajado “em um extenso esforço com seus parceiros externos para conter operações chinesas de influência”.

A propósito, beira as raias do absurdo um país que tem 800 bases no mundo inteiro e se diz “dotado da excepcionalidade”, que passou as últimas décadas invadindo e bombardeando países, derrubando governos e aplicando sanções a rodo, se diga preocupado com “operações de influência” alheias.

Com seu jeito sereno, Hu explicou que há muitos chineses que vivem no exterior e que moram perto uns dos outros e que têm muitas conexões com a China. “Eles precisam de serviços para obter documentos na China”. Em adição – acrescentou -, há chineses no exterior que cometem crimes. “A China vem negociando com vários países para resolver o problema e aumentar o nível dos serviços para os chineses no exterior”.

Então não há nada de sinistro ou secreto em tentar dar resposta a tais questões, mas, claro, não com “delegacias de polícia secretas” – esse não é o jeito chinês, mais parecendo o modo norte-americano de ser, como mostrado com os famosos voos de rendição do Afeganistão, operação ‘Veloz e Furioso’ no México, ou o grampeamento até do secretário-geral da ONU.

“Se policiais chineses fossem enviados ao exterior para trabalhar com a polícia local, eles teriam de ser convidados para ir. A China nunca enviará policiais ao exterior para fazer cumprir a lei em segredo”, disse Hu.

“As duas pessoas que os EUA prenderam em Nova York são ambos cidadãos norte-americanos. Então, como eles poderiam operar uma ‘delegacia policial secreta’?”, questionou.

Hu registrou que os EUA “construíram bases militares no mundo inteiro”. Eu pessoalmente – ele acrescenta – “vi policiais militares dos EUA agindo nas ruas de Okinawa, Japão, e são eles os que violaram a soberania de outros países”. Agora, os EUA estão imaginando que a China é tão ruim quanto eles.

E concluindo: “O governo dos EUA tem feito do solapamento da China sua principal forma de competição. Eles estão errados, o que eles precisam é tentar manejar seus próprios assuntos melhor”.

Fonte: Papiro