Chapa de unidade Fernández e Cristina venceu o "pesadelo e a escuridão macrista" | Foto: Frente de Todos

O presidente argentino Alberto Fernández anunciou na sexta-feira (21) que não buscará a reeleição em outubro, em um vídeo de oito minutos em que disse que o contexto o obriga a dedicar todos os seus esforços “em resolver os problemas dos argentinos” em meio “aos difíceis momentos que a Argentina atravessa”.

Fernández conclamou os argentinos, em pronunciamento à nação, para que não permitam o retorno do macrismo direitista “com seu pesadelo e escuridão”, acrescentando que “falam em liberdade quando o que mais fazem é trabalhar para impor um sistema socialmente injusto”.

Ao apresentar sua decisão, Fernández pôs em revistas as ações de retomada do crescimento diante de um país em crise deixado pelo desgoverno Macri, enumerando as dramáticas condições de endividamento e inflação em que o país se encontrava quando assumiu o cargo em 2019.

Um quadro que apesar de enfrentado com “medidas que fizeram a retomada do crescimento e da produção”, foi obstaculizado pela pandemia global, pela guerra na Ucrânia, causando recessão mundial, e, agora, com o país diante de “uma seca brutal”.

Fernandez asseverou que vai dedicar todas as energias para a reversão desse quadro ainda adverso e assolado pela “especulação com o dólar paralelo”.

Dirigindo-se aos companheiros da Frente de Todos (FdT), Fernández asseverou que irá trabalhar “fervorosamente” para que o presidente eleito seja “alguém do nosso espaço político”. E acrescentou: “Seguiremos lutando por uma pátria justa, com igualdade e felicidade para todos e todas”.

Ele chamou ainda seus companheiros a “reconquistarem o coração de quem continua a nos ver como o espaço que garante que a direita não volte para nos trazer seu pesadelo e sua escuridão” – uma referência aos quase quatro milhões de eleitores peronistas que deixaram de votar na eleição de meio de mandato. O que se deu diante da crise econômica, agravamento da pobreza e volta ao FMI.

Fonte: Papiro