Servidores federais aprovam em assembleias reajuste salarial de 9%
A maioria dos servidores públicos federais, em assembleias realizadas nesta semana, já aprovou a proposta de reajuste de 9% apresentada pelo governo na Mesa Permanente de Negociação entre as entidades nacionais da categoria e o governo federal.
“Já realizamos mais da metade das assembleias com os sindicatos e associações, e todas estão aceitando a proposta. Acredito que, até esta sexta-feira, teremos um consolidado de todas as decisões”, afirmou o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), Sérgio Ronaldo.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, também avalia que o acordo deve ser aprovado pela maioria da base dos servidores nos estados.
“Até agora, todos os filiados que já examinaram o assunto decidiram pela aprovação. Já tivemos decisões nesse sentido de entidades como Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfipe), Associação dos Servidores do Ipea e Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea (Afipea), entre outras”, disse o dirigente sindical.
O Sindicato dos Servidores do Banco Central (Sinal) e a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que realizou assembleia com a presença dos 27 sindicatos dos policiais federais filiados à entidade, também aprovaram o índice de 9%.
“Todos os participantes votaram pela aceitação à proposta de reajuste linear de 9% apresentada pelo governo federal. Não é o ideal, precisamos urgentemente de uma real reestruturação salarial, mas continuaremos a defender a nossa proposta que foi enviada ao Diretor-Geral da PF e encaminhada ao ministro da Justiça”, informou o presidente da Fenapef, Marcus Firme.
Com a aprovação da proposta, o governo encaminhará um Projeto de Lei ao Congresso Nacional que altera um item da Lei Orçamentária Anual e, assim, será viabilizada a tramitação de outro projeto, que vai tratar do reajuste salarial.
Na proposta aprovada pelo governo junto às entidades, está previsto também um acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação, além de itens sem impactos remuneratórios, como a revogação de atos administrativos prejudiciais a servidores e serviços públicos. O governo ainda se comprometeu a retomar as mesas setoriais de negociação com as diversas carreiras do Executivo.
“Esse foi o valor possível para esse momento, fruto de um esforço construído coletivamente. Agora, é preparar a discussão para o orçamento do ano que vem. Vai ser uma guerra para que a gente possa alocar recursos para a correção salarial dos servidores federais”, disse o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal da Bahia (Assufba), Renato Jorge.
Fonte: Página 8