Bolsonaro nos Emirados Árabes | Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Mais uma investigação contra o ex-presidente. O MPF (Ministério Público Federal) do Distrito Federal abriu procedimento para investigar o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) por crime de peculato no caso das armas que ele trouxe para o país após viagem aos Emirados Árabes, em 2019.

Bolsonaro foi presenteado com fuzil e pistola pelo governo. E ele, por óbvio, guardou-as como se dele fosse.

A apuração preliminar foi iniciada a partir do pedido da deputada Luciane Cavalcanti (PSol-SP). O procurador Caio Vaez Dias vai ser o responsável pela análise preliminar da denúncia.

A deputada Luciane Cavalcanti também apresentou denúncia ao MPF, em Brasília, referente ao caso das joias.

Entretanto, a denúncia de crime de peculato contra Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro foi encaminhada ao MPF de Guarulhos (SP), onde já havia apuração preliminar sob responsabilidade da procuradora Gabriela Hossri.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões acabaram retidas na Receita Federal, devido à falta de declaração de entrada, porém houve diversas tentativas de membros do governo Bolsonaro de retirá-las.

A TV Globo mostrou que, em uma dessas tentativas, o então ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, afirmou que as joias iram para Michelle Bolsonaro.

Em depoimento à Polícia Federal, ele mudou a versão.

Depois, foi descoberta a existência de segundo pacote de joias no valor de R$ 400 mil – também “presenteado” pelo governo da Arábia Saudita, em 2021 e está ilegalmente em posse do ex-presidente Bolsonaro, que está nos Estados Unidos
Segundo resolução do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o procedimento vai ser analisado em prazo de 30 dias, prorrogáveis por prazo de 90 dias. Nesse período, o procurador do MPF pode colher informações preliminares sobre o caso.