Foto: Ricardo Stuckert/PR

A destruição causada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) colocou enormes e urgentes desafios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para lidar com o país quebrado que herdou, o presidente, e sua equipe, tem corrido para implantar medidas, sobretudo de cunho social e econômico, com o objetivo de assegurar, com celeridade, melhores condições de vida à população. 

Nesse movimento de recuperação, o governo anunciou oito benefícios em dois meses, o que representa 7,6 a cada dia, conforme levantamento do Poder 360. Todos eles incidem diretamente sobre o dia a dia da população. 

O mais recente foi anúncio, no dia 2, da medida provisória com o novo Bolsa Família, que já está em vigor, mas será submetida à apreciação do Congresso Nacional, que deve aprová-la em até 120 dias. Além do pagamento de R$ 600 para famílias em situação de pobreza, o programa destina R$ 150 adicionais para cada crianças de até 6 anos de idade; R$ 50 a mais para crianças com mais de 7 anos e jovens com até 18 anos e outros R$ 50 para gestantes. 

Outra medida foi o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 e da faixa de isenção do imposto de renda, que passa de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 a partir de 2024. Ambas as medidas foram anunciadas dia 16 de fevereiro, assim como o reajuste nos valores das bolsas de pós-graduação, iniciação científica e bolsa permanência. 

Programa de importante impacto no âmbito social, na geração de emprego e no aquecimento da economia, o Minha Casa, Minha Vida foi retomado, com entregas feitas e novidades anunciadas a partir do dia 15 de fevereiro. Entre outras mudanças, a MP que muda do MCMV ampliou o limite da primeira faixa de renda familiar bruta, que passou de R$ 1.800 para R$ 2.640; além disso, governo deverá subsidiar até 95% dos preços dos imóveis destinados às famílias dentro dessa faixa. O programa abrange famílias com renda mensal de até R$ 8 mil nas áreas urbanas e R$ 96 mil anuais para os residentes em áreas rurais. 

Também foi anunciada a manutenção do auxílio gás e, já no dia 1º de janeiro, houve a prorrogação da desoneração de combustíveis, mantida até o dia 1º de março, quando novas medidas foram anunciadas para o setor. 

Outras ações de impacto

Outras iniciativas foram sendo tomadas já nos primeiros momentos de governo, logo após a posse de Lula, com foco na retomada do desenvolvimento social e econômico, bem como para o enfrentamento de outras marcas negativas deixadas pelo governo Bolsonaro. 

Além de enfrentar, ao lado dos demais poderes da República, o golpismo bolsonarista traduzido nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, o governo Lula tomou outras importantes iniciativas. Entre elas a reestruturação da política de controle de armas de fogo; volta do Ministério da Cultura e criação do ministério dos Povos Originários; retirada de empresas públicas do plano de privatizações, entre as quais Correios e Petrobras; recriação de programa voltado para catadores de materiais recicláveis; criação de GT para estudar auxílio aos órfãos da Covid; reajuste no piso do magistério em 15%; socorro aos indígenas yanomamis, que sofrem grave crise humanitária, e medidas para acabar com o garimpo ilegal, além da retomada do Fundo Amazônia.

Além desses benefícios, há poucos dias, o governo lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, medida fundamental para incentivar a imunização contra diversas doenças, que sofreu forte queda durante os anos do bolsonarismo. E no dia 8 de março, serão anunciadas medidas para assegurar direitos às mulheres, entre as quais projeto para garantir a igualdade salarial.

(PL)