China: Congresso do Povo reelege Xi Jinping ao seu 3º mandato presidencial
A 14ª Assembleia Nacional Popular (ANP) da China reelegeu na manhã desta sexta-feira (10) o presidente Xi Jinping, para um terceiro mandato de cinco anos (2023-2028). Ao mesmo tempo, o órgão legislativo o escolheu para comandar a Comissão Militar Central, o equivalente às Forças Armadas.
A manifestação unânime dos 2.952 delegados presentes ao Congresso do Povo, por aplausos de aclamação, consagra o reconhecimento do trabalho de Xi Jinping, que desde o largo mandato do fundador da República Popular da China, Mao Tsé-Tung, que governou o país desde a sua criação em 1949 até o seu falecimento em 1976, é o primeiro que dirige o país que mais cresce no planeta por mais de dez anos.
O Congresso também elegeu Han Zheng, como vice-presidente, e Zhao Leji como presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular. Logo após as votações, Xi Jinping, assim como Han e Zhao prestaram juramento de lealdade ao povo e à Constituição chinesa.
A votação de hoje durou cerca de uma hora e a contagem eletrônica foi concluída em cerca de 15 minutos. O Congresso também elege os líderes das novas agências estatais e do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
PRIMEIRO PAÍS A VENCER A POBREZA EXTREMA
Sob a presidência de Xi Jinping, mais de 100 milhões de chineses saíram da pobreza estrema, sendo a China o primeiro país de grandes dimensões a erradicar o mal que atingia principalmente habitantes das áreas rurais.
Sob sua gestão a China registrou investimentos na industrialização, ciência e tecnologia, com entre outros feitos, enfrentar com eficácia a pandemia da Covid-19 [sendo o país mais populoso do mundo com 1,41 bilhão de habitantes, registrando 87 mil mortes, enquanto os EUA, com 334 milhões de habitantes, ultrapassando os 1,31 milhão de mortos).
Nos anos recentes, Xi Jinping tem elevado a conclamação à reunificação da China com a integração de Taiwan ao quadro nacional, colocando o objetivo como prioridade máxima.
Na quinta-feira (9), Xi Jinping fez um discurso aos representantes do Exército Popular de Libertação e da Polícia Armada no Congresso Nacional Popular enfatizando que a China deve “consolidar e melhorar o sistema estratégico nacional integrado e as suas capacidades”, ao mesmo tempo que precisa “fortalecer a orientação da tecnologia de defesa nacional e da indústria para servir a um exército forte e vencer guerras”.
Xi Jinping também tem se destacado pela firmeza com que conduz os desafios que seu país enfrenta diante da agressividade imperialista de Washington. Ele denunciou nesta semana “a política de contenção, cerco e repressão contra a China realizada pelas nações ocidentais lideradas pelos Estados Unidos, que trouxe desafios severos sem precedentes ao desenvolvimento do país”.
Diante de tal hostilidade, o presidente tem conduzido a China a fortalecer relações mediante o apoio a iniciativas como a dos BRICs (em conjunto com o Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), e se convertido em um importante fator contra ações ainda mais desequilibradas de Washington na Ucrânia, sempre se propondo a agir em apoio a negociações pela paz e o fim do conflito, negando-se a de forma clara se submeter aos ditames da Casa Branca em sua guerra por procuração contra Moscou, ao contrário, elevando suas relações comerciais, industriais e políticas com a Rússia.
Durante o período em que Xi Jinping tem estado à frente do país, a China tem apresentado um crescimento elevado, que a aproxima da condição de se tornar a maior potência econômica do planeta.
No plano interno, durante os anos mais recentes, Xi Jinping tem fortalecido o combate à corrupção e iniciado a ação para bloquear práticas monopolistas e contra os interesses do povo por grandes corporações do país.
No juramento ao ser empossado, Xi Jinping declarou: “Prometo ser leal ao país e ao povo, ser comprometido e honesto em meus deveres, aceitar a supervisão do povo e trabalhar para um grande país socialista moderno que seja próspero, forte, democrático, culturalmente avançado, harmonioso e belo”.
Fonte: Papiro