Trabalhadores de refinaria no RS entram em greve por aumento salarial
Trabalhadores terceirizados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), entraram em greve na segunda-feira (30) e mantiveram a paralisação com protestos nesta terça-feira.
Centenas de trabalhadores das empresas Engevale, Estrutural e Manserv, prestadoras de serviços da Petrobrás na Refap – contratados para a parada de manutenção da empresa –cruzaram os braços até que seja garantida a equiparação salarial com as demais refinarias pelo país.
De acordo com a categoria, o salário dos trabalhadores na Refap é pelo menos 30% menor do que em refinarias localizadas no Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo e pedem a equiparação salarial, com o aumento de 30%. Além do aumento, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, “como a grande maioria vem de fora do estado para realizar a parada de manutenção da Petrobrás, os trabalhadores reivindicam reembolso da passagem de ida e volta e vale-refeição de 1.300 reais”.
“Eles não conseguem render em uma situação análoga à escravidão, como é ali [na Refap]. São vestiários totalmente ruins, precarizados, além de outras situações. A entidade sindical vem no formato de conciliadora, e estamos aqui, de maneira pacífica e ordeira para que a paralisação decorra de maneira tranquila para todos”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Porto Alegre (STICC), Jean Pereira, presente na manifestação.
De acordo com Pereira, as empresas foram “totalmente intransigentes” e não quiseram sentar para conversar e receber a pauta, sendo a gota d’água para os trabalhadores.
Em comunicado, a diretoria da Petrobrás afirmou que realiza a contratação da prestação de serviços e que não interfere nas relações entre as empresas contratadas, trabalhadores e sindicatos. Disse ainda que todas as obrigações quanto aos contratos da Refap foram cumpridas e as atividades de parada programada estavam em andamento de acordo com o planejado. De acordo com a estatal, a duração prevista é de três meses, e os investimentos são de R$ 450 milhões.
Fonte: Página 8