O vídeo analisado pela ONU foi divulgado pelos assassinos ucranianos no dia 20 de novembro | Foto: AFP

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) considerou autêntico o vídeo publicado nas redes sociais em novembro passado que mostra soldados ucranianos executando prisioneiros de guerra russos e que nada justifica esse ato, assinalou a porta-voz do ACNUDH, Marta Hurtado, à Agência Sputnik, na sexta-feira (10).

“Sabemos do vídeo e consideramos que é autêntico”, afirmou Hurtado acrescentando que a ONU também tem conhecimento de outro vídeo que inclui imagens adicionais do incidente original e também mostra um soldado ucraniano confessando o assassinato e tentando se justificar alegando que as vítimas se recusaram a se render.

“Estas desculpas não justificam as ações do soldado sob o direito humanitário internacional”, declarou a porta-voz depois de semanas de análise das filmagens.

“O assassinato intencional e metódico de mais de dez militares russos, imobilizados pelos degenerados das Forças Armadas ucranianas, com tiros na cabeça à queima-roupa, não pode ser apresentado como uma ‘exceção trágica’ no contexto da alegada observância geral dos direitos dos prisioneiros de guerra pelo regime de Kiev”, manifestou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em comunicado emitido após circularem nas redes sociais neonazis ucranianas vídeos da execução sumária, divulgados pelos próprios algozes, em 20 de novembro último.

RÚSSIA EXIGE INVESTIGAÇÃO

A Rússia exigiu das organizações internacionais a condenação do crime abjeto e uma investigação completa, salientou a porta-voz do MRE russo, Maria Zakharova.

“Faremos todo o possível sob os mecanismos internacionais para chamar a atenção para este crime e responsabilizar, de acordo com a lei, os envolvidos nele”, sublinhou. Moscou irá rastrear os culpados, com o objetivo de puni-los, acrescentou.

“Chamamos repetidamente a atenção da comunidade internacional para a atitude cruel e desumana do lado ucraniano, regularmente, em relação aos militares russos detidos. Os vídeos distribuídos pelos próprios membros das Forças Armadas da Ucrânia mostravam assassinatos, torturas, abusos, espancamentos etc. cometidos por eles. Todas essas inúmeras evidências de crimes foram ignoradas pelo ‘Ocidente coletivo’, que apoia ativamente Kiev em tudo”, afirmou Zakharova na ocasião da divulgação desse material.

O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, assinalou que as nações europeias “deveriam entender que estão apoiando um estado nazista”, exatamente como fizeram nos anos 1930, e conclamou por um tribunal criminal para o presidente Zelensky.

A comissária para os Direitos Humanos da Rússia, Tatyana Moskalkova, qualificou as execuções como um “crime contra a humanidade” e informou que se dirigiu ao secretário-geral do Conselho da Europa, ao diretor do Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos (ODIHR, na sigla em inglês) e ao chefe do comitê do Conselho da Europa com um pedido para condená-las. Tatyana enfatizou que nenhuma palavra poderia expressar a dor e a amargura do que viram e sentiram.

Fonte: Papiro