Mortes com o terremoto que atingiu Turquia e Síria chegam a 5 mil
Avião iraniano com 45 toneladas de mantimentos esteve entre os primeiros socorros a pousarem no aeroporto internacional de Damasco, na noite desta segunda-feira (5).
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Naser Kanani, expressou solidariedade ao povo sírio e pediu a todos os países que pressionem os Estados Unidos para levantar as injustas sanções à Síria para que o socorro internacional possa chegar.
O ministro do Exterior da Síria, Faisal Mikdad, denunciou que o impacto negativo das sanções unilaterais norte-americanas aumentam o sofrimento do povo sírio, já assolado por uma invasão de quase uma década de invasão por parte de bandos terroristas apoiados pela CIA e Arábia Saudita.
Na região, o frio é intenso. A Turquia avalia que o número de socorristas atuando na região já passa dos 24 mil. Pouco a pouco vão chegando carregamentos e equipes de socorro despachadas e de diversos pontos do globo. Mas, devido à extensão da área atingida pelo terremoto e ao número insuficiente – para a dimensão do desastre natural – em muitas regiões as pessoas se dizem abandonadas.
Essa é a opinião de um dos socorristas que chegou à província de Hatay na Turquia: “Não há trabalhadores de emergência suficientes, ou soldados. É uma região negligenciada”.
A avaliação é de que cerca de 6 mil prédios vieram abaixo. O número de 5.000 (2.500 entre os turcos) se deve ao de corpos localizados o que significa que as perdas ainda devem aumentar à medida que os escombros dos edifícios forem sendo removidos.
As baixas temperaturas e os cerca de 200 tremores de terra que sucederam ao terremoto principal também tornaram perigoso o resgate de sobreviventes presos nos escombros.
O epicentro do terremoto foi na província de Kahramanmaras, mas além do norte da Síria o tremor foi muito sentido nas capitais de Damasco e Beirute, cidades onde os moradores correram para as ruas. O tremor chegou até o Cairo.
Relatos dramáticos começam a emergir. Um exemplo é o de Nurgul Atay, que mora na Turquia, perto da fronteira com a Síria e que relatou à Associated Press que podia ouvir a voz de sua mãe por trás das ruínas de um prédio colapsado na cidade de Antakya, mas não conseguiam chegar até ela devido à precariedade do Socorro.
Outro morador, da capital de Hatay, a província mais atingida confirmou o relato de Atay. “Ouvimos ruídos mas ninguém chega para socorrer.
Os desabrigados estão em centros esportivos ou de convenções mas há muitos que passaram a noite nas ruas, com cobertores e fazendo fogueiras para sobreviver ao frio.
Fonte: Papiro