Manifestantes exigem em Berlim suspensão do envio de armas à Ucrânia
Cerca de 20 mil pessoas participaram no sábado (25) dos protestos na praça do Portão de Brandemburgo e apelaram ao chanceler alemão Olaf Scholz com a exigência de interromper imediatamente a escalada do conflito na Ucrânia.
“Pedimos ao chanceler que pare a escalada no fornecimento de armas. Agora! Ele deve liderar uma forte aliança para um cessar-fogo e negociações de paz nos níveis alemão e europeu.
Durante a ação, os participantes demonstraram cartazes e faixas com as inscrições: “Diplomacia, não armas”, “Armas alemãs estão matando russos e ucranianos de novo” e “Tenho vergonha da Alemanha, controlada por lobistas da indústria de armas”, segundo o jornal Berliner Zeitung.
A concentração que foi chamada de ‘Rebelião pela Paz’, foi convocada pela parlamentar do partido de esquerda Die Linke, Sahra Wagenknecht, e pela ativista dos direitos das mulheres Alice Schwarzer.
Em seu discurso, Wagenknecht afirmou que o fim da crise na Ucrânia não exigia tanques, mas sim diplomacia e disposição de compromisso de ambos os lados: “A cada arma que colocamos no barril de pólvora, aumenta o perigo de uma guerra mundial. Isso tem que acabar e não é propaganda de Putin”.
“Pedimos ao chanceler alemão que pare a escalada de entrega de armas. Agora!… Porque cada dia perdido custa até 1.000 vidas a mais – e nos aproxima de uma 3ª guerra mundial”, disseram os organizadores do protesto.
“Nunca antes o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear, nem mesmo durante a Guerra Fria. Não acreditamos mais em suas mentiras. Sabemos que seus tanques estão lá para a guerra”, assinalou Sahra Wagenknecht.
A Alemanha, juntamente com os Estados Unidos, tem sido um dos maiores fornecedores de armas para à Ucrânia.
Fonte: Papiro