Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A campanha Despejo Zero indica que mais de 40 mil famílias foram despejadas desde março de 2020 no Brasil, quando se deu o agravamento da pandemia de Covid-19 no país, até agora. Os dados são trazidos pelo Mapeamento Nacional de Conflitos pela Terra e Moradia, plataforma que tem os dados atualizados conforme novas inclusões de casos de despejo são feitas.

Com os dados até fevereiro de 2022, o estado de São Paulo teve o maior número de famílias despejadas: 7.376. Ainda outras 65.600 famílias em São Paulo vivem com a ameaça de despejo. No Rio de Janeiro são 6.041 famílias que goram despejadas e 5.513 que vivem ameaçadas. É possível verificar os números de todos os estados pelo Mapa do Despejo Zero.

Além das mais de 40 mil famílias, o número atualizado é de 40.986, a grave situação de despejos pelo Brasil afetou, pelo menos, 1.038.760 pessoas em todas as regiões do país, atingindo 217.881 famílias ameaças pelo despejo.

No recorte de gênero o estudo identificou entre os atingidos que 623.256 são mulheres, 685.582 são pessoas negras, 177.628 crianças e 174.512 pessoas idosas. 

A situação de moradia no Brasil só não é mais grave, pois o Supremo Tribunal Federal proibiu despejos durante a fase mais aguda da pandemia. A medida foi importante para que os números não fossem ainda maiores, porém a suspensão não foi capaz de barrar definitivamente as remoções.

A questão da moradia é uma das feridas nacionais que foi agravada durante a gestão calamitosa de Jair Bolsonaro. Para reverter este cenário que foi agravado com péssima gestão da pandemia pelo ex-presidente, o governo Lula relançou nesta semana o programa Minha Casa, Minha Vida em evento que contou com a entrega de imóveis em diferentes estados. O relançamento do programa é um marco, pois tem como foco o financiamento de moradias para as classes mais pobres.

*Informações Despejo Zero