Juros no Brasil disparam e ficam bem acima da média mundial que está negativa
Com a decisão do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros (Selic) fixada em 13,75% ao ano, o Brasil segue, por uma ampla margem, na 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, de acordo com o levantamento feito pela Infinity Asset Management em parceria com MoneYou.
Descontada a inflação para os próximos doze meses, a taxa de juros reais do Brasil é de 7,38%. Em segundo lugar vem o México (5,53%), seguido por Chile (4,71%) e Colômbia (3,04%).
O ranking lista 40 países, mas apenas 14 apresentam taxa de juros positiva. Além disso, na média geral, a taxa de juros encontra-se negativa (-2,07%), mesmo com 67,50% dos países decidindo por elevar suas taxas no último período. Entre estes, os Estados Unidos, cujos juros reais estão negativos em -0,03%, fazendo com que o país ocupe a 15ª posição no ranking mundial de juros reais. O banco central estadunidense (Federal Reserve-Fed) aumentou as taxas de juros do país de 4,5% para 4,75% no último dia 1º de fevereiro.
Quando se considera a taxa de juros nominal, o Brasil é o segundo colocado – com a Selic marcando 13,75% ao ano. A Argentina lidera o ranking que também lista 40 países. Nosso vizinho, que sofre de hiperinflação, conta com uma taxa de juros nominal de 75% ao ano. No entanto, lá a taxa de juros real também se encontra negativa (-19,61%), de acordo com o levantamento da Infinity Asset Management.
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