Funcionários da Americanas e centrais fazem manifestação em defesa dos empregos
As centrais sindicais e sindicatos dos comerciários realizaram, nesta sexta-feira (3), um ato em apoio aos empregos e direitos dos 44 mil trabalhadores das Lojas Americanas. O ato ocorreu na Cinelândia, no Rio de Janeiro.
“Precisamos preservar os empregos e garantir os direitos desses trabalhadores e trabalhadoras. São milhares de pais e mães de famílias apreensivos pela situação do Grupo Americanas”, afirma Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A empresa, uma das maiores empregadoras do país, tem cerca de 1.800 lojas físicas e é passou a ser centro de alerta das entidades sindicais após anúncio de recuperação judicial por conta de uma dívida que supera os R$ 40 bilhões.
“O objetivo do ato é preservar os empregos enquanto perdurar a recuperação judicial, responsabilizar os sócios majoritários e garantir que nenhum trabalhador saia prejudicado. A CTB, todas as centrais sindicais e confederações do ramo estão participando da mobilização, que não termina hoje. É um conjunto de mobilizações que nós vamos fazer durante o próximo período”, avisou o secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ronaldo Leite.
“Estamos na luta pelos direitos e empregos dos trabalhadores das Lojas Americanas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre e secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, durante o ato.
Funcionária das Americanas e diretora do Sindicato dos Comerciários do Rio, Darlana Morgana Santiago ressaltou a importância da unidade das entidades de classe na manifestação. “Estamos aqui pela garantia de nenhum direito a menos aos trabalhadores. Nenhum trabalhador será passado para trás aqui”, disse.
Diante da suspeita de fraude e risco de calote, as centrais sindicais ingressaram com uma ação judicial pedindo o bloqueio das contas dos principais acionistas da empresa, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, como garantia do pagamento de débitos trabalhistas podendo ser executado independentemente do processamento da recuperação judicial. “Estamos com nosso departamento jurídico em ação para receber denúncias e tirar dúvidas que possam surgir. Caso seja constatada a fraude, é preciso punir os principais acionistas, porém garantindo a continuidade da empresa e dos empregos”, afirma Márcio Ayer.
Além da CTB e da Força Sindical, participaram da manifestação a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
Fonte: Página 8