Falências de empresas disparam nos Estados Unidos
O número de falências de empresas nos Estados Unidos durante os últimos três meses de 2022 subiu para o nível mais alto desde que os registros começaram em 2015, enquanto o país oscila à beira de uma recessão, informou a agência de estatísticas Eurostat que acrescentou ainda que “o número de declarações de falência aumentou durante os quatro trimestres de 2022”.
No último trimestre, a inadimplência aumentou 26,8% em relação ao trimestre anterior, e os níveis de registro de empresas diminuíram 0,2% em relação a igual período do ano passado.
“Olhando especificamente para as falências por atividade, todos os setores registraram aumentos no número de falências no quarto trimestre de 2022 em comparação com o trimestre anterior”, detalhou o relatório.
A grave crise energética que o próprio governo promove por conta de sanções e bloqueios e a consequente crise do custo de vida contribuíram para o aumento das falências em todas as regiões e setores dos EUA. Os que apresentam maiores dívidas acumuladas foram os transportes e armazenagem, com um aumento de 72,2%, O endividamento também se eleva nas áreas de alojamento e alimentação com um aumento de 39,4%. Educação, saúde e atividades sociais tiveram um aumento de 29,5% e dívidas.
Em comparação com o quarto trimestre de 2019, o número de declarações de falência nos últimos três meses de 2022 foi maior na maioria dos setores da economia, segundo o Eurostat.
Apoiando essa avaliação, dois em cada três economistas de 23 grandes instituições financeiras consideram que os Estados Unidos terão uma recessão em 2023, assinala pesquisa realizada pelo “Wall Street Journal”.
Conhecidas como revendedores primários, são um conjunto de empresas comerciais e bancos de investimento que incluem empresas como Barclays PLC, Bank of America Corp., TD Securities e UBS Group AG., que citam uma série de bandeiras vermelhas: os americanos estão gastando suas economias da pandemia. A atividade no mercado imobiliário está em declínio e os bancos estão apertando seus padrões de empréstimo.
Os economistas apontam que a principal responsabilidade é do Federal Reserve, que vem elevando as taxas de juros há meses a pretexto de tentar conter a inflação.
O Fed aumentou as taxas sete vezes em 2022, elevando os juros básicos de uma faixa de 0% a 0,25% para os atuais 4,25% a 4,50%, os mais elevados em 15 anos. As autoridades sinalizaram em dezembro que planejam continuar elevando as taxas a patamares entre 5% e 5,5% em 2023.
Fonte: Papiro