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O pedido de recuperação judicial das Lojas Americanas, aceito pela Justiça na última quinta-feira (19), pôs os sindicatos dos comerciários em todo o Brasil em alerta. Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Márcio Ayer, as entidades estão trabalhando para que haja uma ação unificada de negociação com a Americanas, para tratar do futuro dos trabalhadores da empresa.

De acordo com informações do Valor, Ayer afirma que os sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul farão uma reunião para discutir como as dívidas da empresa de varejo, que podem superar os R$ 40 bilhões, podem impactar a vida de seus trabalhadores. A Americanas não anunciou demissões, mas não descartou o que chamou de “reestruturação”.

No pedido de recuperação judicial encaminhado à Justiça do Rio de Janeiro, a rede afirma gerar “mais de 100 mil empregos diretos e indiretos” em cerca de 3.600 estabelecimentos.

O rombo, revelado na última semana, inicialmente, foi de R$ 20 bilhões. No entanto, na sexta-feira (20), a companhia disse que o problema pode acarretar no vencimento antecipado e imediato de dívidas de aproximadamente R$ 40 bilhões.

O presidente do Sindicato dos Comerciários do RS e diretor da Força Sindical, Nilton Neco afirmou que pediu uma reunião com a empresa para a nesta semana. “Nossa primeira estratégia é a reunião. Se isso não acontecer, vamos articular um movimento nacional, buscar o Ministério Público do Trabalho, fazer o que pudermos para garantir os direitos dos trabalhadores”, afirmou.

Neco defende que o momento ainda é de buscar diálogo e que os funcionários estão apreensivos na capital gaúcha. “Claro, foi uma crise que apareceu de uma hora para a outra e nosso papel é mostrar que estamos atuando para garantir que todos os direitos sejam respeitados”, disse o sindicalista à Folha.

Na quinta (19), Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), pediu ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que acionasse as superintendências regionais do trabalho para que acompanhem a possibilidade de demissões em massa. “São muitos funcionários, muitas lojas, vamos precisar de todos cuidando disso”, disse Patah. Apesar da apreensão, Patah afirmou que recebeu a sinalização de que “tudo vai ser feito via sindicato”.

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(BL)