Presidente da Colômbia repudia atentado contra sua vice Francia Márquez
A vice-presidente da Colômbia e ministra da Igualdade, Francia Márquez, denunciou nesta terça-feira (10) um novo atentado contra a sua vida e confirmou a desativação de um explosivo com alta capacidade destrutiva a poucos metros de sua casa em Yolombó, na cidade de Suárez, departamento de Cauca.
“Membros da nossa equipe de segurança encontraram um artefato com mais de sete quilos de material explosivo na estrada que leva à residência da minha família”, relatou Francia, nas redes sociais. “Foi uma nova tentativa de atentar contra a minha vida. Mas não desistiremos até que em cada território seja possível viver em verdadeira harmonia”, afirmou a primeira vice-presidente negra da história da Colômbia.
O presidente Gustavo Petro manifestou sua solidariedade à vice e enfatizou que “o ministro da Defesa está no comando da situação e trabalhando lado a lado com as autoridades para identificar e prender os responsáveis”. “Se no caminho que leva à casa da vice-presidente e que ela usa rotineiramente foram encontrados explosivos e o mecanismo para explodi-los, então estamos diante de uma situação muito delicada. Eles queriam sabotar o esforço de paz do governo, matando”, sublinhou.
O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos condenou veementemente a tentativa de atentado contra Francia, considerando que o fato “é uma ameaça à construção da paz total para os povos da Colômbia e do mundo”.
A Organização das Nações Unidas (ONU) na Colômbia repudiou a ação que pretendia atentar contra a vice-presidente, colocando em perigo também a vida de seus familiares e vizinhos, recordando que Francia tem um histórico de defensora dos direitos humanos e é reconhecida internacionalmente por sua luta contra a mineração ilegal.
Conforme informado pela Seção de Investigação Judicial da Polícia Nacional, uma vez detectado o material, imediatamente os serviços de inteligência acionaram os especialistas em antiexplosivos que “detonaram a carga de forma controlada”.
Em 2019, Francia Márquez e outras lideranças dos movimentos sociais já haviam sido alvo de um ataque armado em Santander de Quilichao, no norte de Cauca.
Papiro (BL)