Manifestação em Nova Iorque exige ‘recursos para gerar empregos, não para guerra’
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Milhares de pessoas se concentraram no Times Square, no centro de Manhattan, em Nova Iorque, no sábado (14), para recordar a dedicação e o legado de Martin Luther King – cuja data de nascimento é 15 de janeiro – e exigir investimentos nas áreas sociais para atender a milhões de necessitados. Nas faixas e cartazes, o clamor para que as verbas sejam aplicadas na geração de empregos e no fortalecimento da educação, e que parem de ser torradas nas remessas para a indústria da guerra dos Estados Unidos, da Otan e da União Europeia na Ucrânia.
Recordando o compromisso humanista de Martin Luther King, e sua trajetória “contra o militarismo, o racismo e a pobreza” – que considerava os três males da sociedade estadunidense -, os manifestantes cobraram o fim da política intervencionista de Washington, a dissolução da Otan e a eliminação de medidas restritivas e imposições a Cuba e outros estados soberanos.
Conforme o representante nacional da Coalizão Answer (Resposta), Brian Becker, décadas da política governamental adotada por sucessivos governos da Casa Branca fizeram com que o confronto na Ucrânia se tornasse inevitável.
Em relação às causas dos enfrentamentos entre esse país e a Rússia, que desde fevereiro de 2022 desenvolve ali uma operação militar especial para proteger a população do Donbass e desnazificar o regime de Kiev, o ativista assinalou que “a expansão da Otan no leste europeu, a afronta estadunidense aos principais tratados de controle de armamento e a perspectiva de que a Ucrânia seja uma base de operações para os sistemas avançados de armamento da Otan prepararam o terreno para o conflito”.
O fato, sublinhou Brian Becker, é que “os Estados Unidos estão gastando 65 bilhões de dólares extras para financiar a guerra na Ucrânia, enquanto há um milhão de sem-teto na América, enquanto nossas escolas são subfinanciadas e muitas pessoas estão indo à falência porque não podem pagar as contas dos médicos”.
O evento organizado pela Answer Coalition e pelo The People’s, contou com o apoio de entidades e movimentos como os Veteranos pela Paz, Coalizão Paz na Ucrânia, Partido Socialismo e Libertação e Coalizão Nacional Anti-Guerra.
Papiro (BL)