Lula sobre IR: “Diminuir para o pobre e aumentar para o rico”
Na quarta-feira (18), o presidente Lula esteve com lideranças de Centrais Sindicais no Palácio Planalto e afirmou que é necessário “mudar a lógica” sobre o Imposto de Renda, sendo necessário brigar e convencer quem for preciso para a cobrança “diminuir para o pobre e aumentar para o rico”.
O presidente lembrou que a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha que deve cumprir, mas alertou sobre a necessidade de construção conjunta das bases para a Reforma Tributária e instigou sindicalistas e toda a sociedade para cobrar o governo.
“Não se pode fazer no grito, na vontade, no microfone, tem que construir. E vamos construir isso, vamos começar a fazer a reforma”, disse o presidente ao salientar que foi eleito para realizar feitos melhores aos concretizados nos seus outros mandatos.
Saudado por um público composto por lideranças sindicais e do governo, o presidente indicou não fugir das responsabilidades que tem como chefe de Estado, ao contrário do governo Bolsonaro [sem citá-lo nominalmente], e cobrou mais uma vez: “É exatamente porque o Lula é presidente que vocês têm que fazer pressão”, provocou.
Em sua fala ainda disse questionar os economistas do PT que o abordam com o argumento de que isenção para quem ganha até R$ 5 mil abrange mais da metade de toda o imposto, pois corresponde a 60% do total e comprometeria a principal arrecadação tributária de pessoa física.
Foi neste momento que Lula disse que então é necessária a mudança de lógica:
“Então vamos mudar a lógica, diminuir para o pobre e aumentar para o rico, é necessária uma briga? É necessário! É necessário muito convencimento no Congresso Nacional? É necessário! É necessária muita organização da sociedade? É necessário! Então vocês têm que saber que a gente não ganha isso se não houver mobilização do povo brasileiro para mudar uma vez na vida a política tributária, colocar o pobre no orçamento da União e o rico no Imposto de Renda para ver se a gente arrecada o suficiente para fazer política social nesse país”, completou Lula.